Merkel revela mudança de equilíbrio de forças no mundo por causa de Rússia e China

© REUTERS / Sean GallupChanceler alemã, Angela Merkel, durante conferência de imprensa em Berlim, Alemanha, 24 de fevereiro de 2021
Chanceler alemã, Angela Merkel, durante conferência de imprensa em Berlim, Alemanha, 24 de fevereiro de 2021  - Sputnik Brasil, 1920, 05.05.2021
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A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) passou a enfrentar alterações de distribuição de forças no mundo devido ao reforço político da China e comportamento "parcialmente agressivo" da Rússia, declarou a chanceler da Alemanha, Angela Merkel.

Nesta quarta-feira (5), durante a conferência Parceria Transatlântica Orientada para o Futuro, organizada pela aliança dos partidos alemães União Democrata-Cristã e União Social-Cristã, Angela Merkel afirmou que, além da pandemia do coronavírus e mudanças climáticas, Rússia e China estão entre os desafios.

Ponderando os desafios para Europa e Estados Unidos, Merkel citou como possível exemplo "uma constelação de poder alterada com base no reforço econômico e político da China e a aparência parcialmente agressiva da Rússia", segundo a agência AP.

A chanceler da Alemanha destacou que os EUA permanecem sendo uns dos parceiros mais importantes da Europa e os únicos aliados "inevitáveis" da Alemanha. Os países europeus "não possuem tantos valores e interesses comuns" com qualquer outro Estado do mundo, segundo Merkel.

"Apenas juntos com os EUA podemos efetivamente participar da globalização, estamos mais fortes se tivermos posicionamentos comuns", disse Merkel.

Em março, o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, acusou Rússia de "comportamento agressivo" e declarou a necessidade de conter as ações russas. Tal situação requer os esforços da Aliança Atlântica e aumento de financiamento, ponderou Stoltenberg. Por sua vez, a ministra da Defesa alemã, Annegret Kramp‑Karrenbauer, justificou as grandes despesas em armamento se apoiando no "comportamento da Rússia".

Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores russo sublinhou que Moscou levará em consideração a atitude da OTAN em seu planejamento externo e militar. O Kremlin ressaltou que a Rússia não ameaça ninguém, mas não ignorará as ações potencialmente perigosas para seus interesses.

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