Sanções dos EUA 'causaram dificuldades extremas' à Huawei, diz executivo da empresa

© REUTERS / Aly SongLogotipo da empresa Huawei no Congresso Mundial Móvel em Xangai, China, 23 de fevereiro de 2021
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Em 2019, o governo norte-americano adicionou a Huawei em sua "lista negra" econômica, o que proibia as empresas dos EUA de fazer negócios com a gigante chinesa sem a aprovação prévia do governo Trump.

A gigante chinesa de tecnologia Huawei perdeu sua participação no mercado de smartphones para rivais como a norte-americana Apple e a sul-coreana Samsung devido às severas sanções dos EUA, afirmou um alto executivo da empresa chinesa.

"Em menos de dois anos, os EUA aplicaram quatro rodadas de sanções contra a Huawei, cada uma delas mais severas do que a anterior. [As sanções] causaram dificuldades extremas aos negócios de consumo da Huawei e impossibilitaram o envio de nossos produtos", escreveu Richard Yu, CEO de negócios ao consumidor da Huawei, em sua conta no WeChat nesta sexta-feira (30).

Yu explicou que a Huawei perdeu sua participação de mercado no segmento de alta tecnologia na China para a Apple, ao mesmo tempo que perdia o segmento de média a baixa tecnologia para rivais domésticos, incluindo Oppo, Vivo e Xiaomi. Nos mercados internacionais, a Huawei perdeu sua participação de mercado para a Apple, Samsung e outras marcas chinesas, acrescentou o alto executivo.

© REUTERS / Tingshu WangPessoas descansam em frente a uma loja da Huawei em um shopping de Pequim, China, 15 de abril de 2021
Sanções dos EUA 'causaram dificuldades extremas' à Huawei, diz executivo da empresa - Sputnik Brasil, 1920, 30.04.2021
Pessoas descansam em frente a uma loja da Huawei em um shopping de Pequim, China, 15 de abril de 2021

Sanções dos EUA

Em maio de 2019, a administração de Donald Trump, então presidente dos EUA, adicionou a Huawei em sua "lista negra" econômica, o que proibia as empresas norte-americanas de fazer negócios com a gigante chinesa sem a aprovação prévia do governo dos EUA.

As sanções criaram sérios desafios para o negócio de smartphones da Huawei, já que a empresa chinesa não apenas perdeu acesso aos populares serviços móveis do Google e ao sistema operacional Android, mas também enfrentou desafios para garantir o fornecimento de microprocessadores para alimentar seus dispositivos.

No último relatório de ganhos do primeiro trimestre deste ano, as receitas da Huawei caíram 16,5% com relação ao ano anterior, para 152,2 bilhões de yuans (cerca de R$ 125 bilhões). A empresa chinesa disse em um comunicado que a queda na receita foi causada pela venda de sua marca de smartphones Honor em novembro do ano passado, que teria sido vendida como parte dos esforços para minimizar o impacto das sanções dos EUA e permitir que a marca continue a operar de forma independente.

Por outro lado, a principal rival da Huawei, a Apple, relatou na quarta-feira (28) um crescimento de vendas expressivo no segundo trimestre deste ano. As receitas da empresa norte-americana aumentaram 53,7% em comparação com período homólogo para US$ 89,58 bilhões (R$ 478 bilhões), enquanto as receitas de seu popular iPhone dispararam 65,5%, para US$ 47,94 bilhões (R$ 256 bilhões).

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