Secretário do Interior australiano adverte sobre 'tambores de guerra' na região da Ásia-Pacífico

© AP Photo / Marinha dos EUA / Especialista de comunicação em massa de 2ª classe Kaila V. PetersNavios dos EUA e Japão realizando exercícios no mar do Sul da China
Navios dos EUA e Japão realizando exercícios no mar do Sul da China - Sputnik Brasil, 1920, 28.04.2021
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Em meio a tensões no mar do Sul da China, Estados Unidos, França e Japão realizarão exercícios militares na zona a partir de 11 de maio. Ministra australiana afirmou que o país deveria estar "alerta, mas não alarmado".

O secretário de Assuntos Internos australiano, Mike Pezzullo, dirigiu-se à equipe de seu departamento na terça-feira (27) para alertar que "os tambores de guerra estão batendo" em tempo de tensões na região da Ásia-Pacífico e no mar do Sul da China, relata o ABC News.

"Em um mundo de tensão e medo perpétuos, os tambores de guerra soam, ora fracos e distantes, ora mais altos e próximos", discursou Pezzullo para funcionários do Departamento de Assuntos Internos pelo Dia de Anzac, que homenageia os australianos e neozelandeses que serviram e morreram no serviço militar de suas nações.

A declaração foi apoiada pela ministra australiana de Assuntos Internos, Karen Andrews, que afirmou que o país deveria estar "alerta, mas não alarmado", enquanto o ministro da Defesa, Peter Dutton, ponderou que, embora não queira que um conflito estale entre a China e Taiwan, não crê que a possibilidade possa ser descartada.

Em meio às crescentes tensões militares entre a China e os EUA sobre Taiwan, o influente funcionário australiano também lembrou a "proteção fornecida à Austrália" pela aliança militar ANZUS, que mantém com os EUA e a Nova Zelândia há 70 anos.

O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, não comentou as falas de Pezzullo ou Dutton, limitando-se a afirmar que está focado em "buscar a paz para um Indo-Pacífico livre e aberto".

O aumento das tensões na região acompanha o aumento da atividade militar chinesa nas águas do mar do Sul da China, vista pela Austrália, EUA, Reino Unido, França, Japão e Filipinas como uma ameaça à "liberdade de navegação". As ações de Pequim foram seguidas pela implantação de grupos de ataque de porta-aviões norte-americanos.

Em meio a esse clima, EUA, França e Japão realizarão exercícios militares na área a partir de 11 de maio, enquanto o Reino Unido implantou um grupo de ataque no Leste Asiático. A China, por sua vez, tem enviado aviões para sobrevoar o espaço aéreo de Taiwan, considerado pelo gigante asiático seu território.

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