'Conspiração': Teerã investigará vazamento de áudio com declarações polêmicas de chanceler iraniano

© AP Photo / Presidência do IrãO presidente do Irã, Hassan Rouhani, recebe o ministro das Relações Exteriores da Irlanda, Simon Coveney, em Teerã, em 7 de março de 2021
O presidente do Irã, Hassan Rouhani, recebe o ministro das Relações Exteriores da Irlanda, Simon Coveney, em Teerã, em 7 de março de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 27.04.2021
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Um áudio vazado esta semana colocou o ministro das Relações Exteriores do Irã em uma posição delicada no governo de Teerã, que decidiu abrir uma investigação para apurar o vazamento da gravação.

O presidente iraniano Hassan Rouhani ordenou nesta terça-feira (27) uma investigação para identificar quem vazou o áudio do ministro das Relações Exteriores, Javad Zarif, informa a agência AFP.

No áudio, Zarif diz que os militares estão tomando decisões importantes ao invés dos políticos. As declarações podem comprometer as eleições presidenciais no país, que estão previstas para ocorrerem no dia 18 de junho de 2021.

"Na República Islâmica os militares ditam as regras. Eu sacrifiquei a diplomacia pelo campo militar, ao invés de ser esse campo a servir a diplomacia", afirmou Zarif na gravação de três horas.

De acordo com a mídia, os comentários que o chanceler fez sobre o general iraniano Qassem Soleimani, assassinado em 2 de janeiro de 2020 pelas forças norte-americanas no Iraque, causaram revolta entre os conservadores em Teerã.

Ainda assim, o governo de Rouhani procurou minimizar os comentários.

"O presidente ordenou ao Ministério da Inteligência que identifique os agentes dessa conspiração […]. Acreditamos que este roubo de documentos é uma conspiração contra o governo, o sistema, a integridade de instituições domésticas eficazes e também contra nossos interesses nacionais", disse o porta-voz da administração iraniana, Ali Rabiei.

Zarif ainda não comentou a polêmica, mas nesta terça-feira (27) publicou um áudio na rede social Instagram dizendo: "Acho que não se deve trabalhar pela história [...] digo que não se preocupe tanto com a história, mas se preocupe com Deus e com o povo".

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