Navios de guerra mais recentes da China poderão ameaçar EUA, aponta analista

© AFP 2023 / FREDERIC J. BROWN / Acessar o banco de imagensOficiais da marinha chinesa (arquivo)
Oficiais da marinha chinesa (arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 25.04.2021
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Três novos navios de guerra chineses demonstram a intenção do gigante asiático em se tornar uma grande potência marítima e desafiar os EUA, de acordo com especialista.

No sábado (24), o presidente chinês, Xi Jinping, assistiu em Hainan a uma cerimônia de entrega de três novas embarcações de guerra à Marinha chinesa. Elas incluem o submarino nuclear de mísseis balísticos Type 094A Changzheng 18, o destróier de mísseis guiados Type 055 Dalian e o navio de assalto anfíbio Type 075 Hainan, reporta o jornal Taiwan News.

O primeiro é uma versão melhorada do submarino nuclear Type 094, mas mais silencioso debaixo d'água. O segundo é a segunda embarcação de sua classe, cuja principal função consiste em escoltar grupos de ataque de porta-aviões e grupos de assalto anfíbio, sendo que os mísseis de defesa antiaérea de longo alcance Hongqi 9 implantados na embarcação têm um alcance de 200 quilômetros. Por fim, o Hainan é o primeiro navio de sua classe deslocando 40 mil toneladas, podendo transportar até 30 helicópteros e embarcações em almofada de ar, três batalhões de infantaria e duas companhias de tanques.

CC BY 4.0 / 星海军事 / Type 075 (imagem editada)Representação artística do navio de assalto anfíbio Type 075 Hainan
Navios de guerra mais recentes da China poderão ameaçar EUA, aponta analista - Sputnik Brasil, 1920, 25.04.2021
Representação artística do navio de assalto anfíbio Type 075 Hainan

Em uma entrevista à CNA, Su Tzu-yun, analista do Instituto de Defesa Nacional e Pesquisa de Segurança (INDSR, na sigla em inglês), deu seu parecer ante as notícias dos recentes avanços marítimos da China. Em seu entender, os mísseis balísticos do submarino nuclear poderiam capacitar a China de atacar a costa oeste dos EUA a partir do mar do Sul da China.

O analista caracterizou a estratégia marítima do Partido Comunista Chinês (PCC) como "defensiva no norte e ofensiva no sul", uma vez que a China é constrangida pelo Japão, Coreia do Sul e Taiwan no norte e no leste de seu território – o que é maioritariamente desfavorável para manobras navais de grande escala por parte do gigante asiático. Por essa razão, Pequim posicionou seus três novos navios no sul.

Segundo Su, este acontecimento estaria relacionado com o desenvolvimento da estratégia nuclear da China. O analista sublinhou que Pequim tem aumentado ativamente suas forças nucleares, produzindo avançados mísseis balísticos intercontinentais lançados por submarinos, enquanto que as águas profundas do mar do Sul da China são adequadas para ocultar tais armas, conforme consta na mídia taiwanesa.

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