Netanyahu instruiu delegação israelense a se opor ao JCPOA em conversas com EUA, diz mídia

© REUTERS / Maya AlleruzzoBenjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, fala em cerimônia oficial que marca o Dia da Memória de Israel, que comemora os soldados caídos e as vítimas israelenses de ataques hostis, no cemitério militar de Monte Herzl, Jerusalém, 14 de abril de 2021
Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, fala em cerimônia oficial que marca o Dia da Memória de Israel, que comemora os soldados caídos e as vítimas israelenses de ataques hostis, no cemitério militar de Monte Herzl, Jerusalém, 14 de abril de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 23.04.2021
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O Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), ou acordo nuclear iraniano, poderia ser restaurado à medida que as conversações entre as partes do tratado continuam em Viena.

Uma delegação israelense, que deverá desembarcar nos EUA na próxima semana para participar de conversações estratégicas sobre o Irã, foi instruída a apresentar uma objeção contra um renascimento do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês) de 2015, ou acordo nuclear do Irã, e se recusar a negociar sua substância, informou na quinta-feira (22) o portal Axios, citando oficiais israelenses.

As diretrizes foram discutidas em uma reunião alegadamente realizada na quinta-feira (22) entre Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelense; Benny Gantz, ministro da Defesa; Gabi Ashkenazi, ministro das Relações Exteriores; e outros que viajarão para Washington, EUA.

A delegação de Tel Aviv deve incluir Meir Ben-Shabbat, assessor de segurança nacional de Israel; general Aviv Kochavi, chefe de Gabinete das Forças de Defesa de Israel; Tamir Hayman, chefe da inteligência militar; e Yossi Cohen, diretor do serviço de inteligência e espionagem Mossad.

Durante a reunião, Netanyahu teria repetido posicionamento sobre o acordo nuclear, sugerindo que retomá-lo implicaria a suspensão das sanções reimpostas ao Teerã, quando a administração de Donald Trump, ex-presidente dos EUA, se retirou unilateralmente do acordo em 2018, e colocaria Israel em perigo.

Netanyahu também teria reiterado que Tel Aviv não concordaria com os termos do tratado, pois Israel não faz parte do acordo, acrescentando ainda que os israelenses agiriam apenas em conformidade com seus próprios interesses de segurança nacional.

Oposição de Tel Aviv

Anteriormente, discursando em uma comemoração do Dia da Memória do Holocausto, Netanyahu declarou que o renascimento do JCPOA ameaça Israel "com a aniquilação", alegando que o acordo nuclear em sua forma original "não tem valor".

"Digo também a nossos amigos mais próximos: Um acordo com o Irã, que nos ameaça com a aniquilação, não nos comprometerá ", declarou.

Josep Borrell, chefe da diplomacia da União Europeia, observou na terça-feira (20) que "progressos importantes" haviam sido alcançados durante as negociações em Viena, Áustria, iniciadas em 6 de abril para restaurar o JCPOA, trazendo os EUA de volta à mesa.

Ned Price, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, relatou na terça-feira (20) que as negociações têm sido positivas, mas continua havendo um longo caminho pela frente.

A partir de 2019, um ano depois de os EUA terem reimposto sanções a Teerã, o Irã anunciou um abandono gradual das obrigações do acordo, negando ao mesmo tempo as alegações de que procura obter armas nucleares, e sublinhando que todas as violações do JCPOA são reversíveis se Washington retirar suas sanções e voltar ao acordo nuclear.

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