Irã afirma não estar disposto a fazer quaisquer concessões fora do acordo nuclear

© REUTERS / Lisi NiesnerBandeira do Irã em frente à sede da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) em Viena, Áustria, 1º de março de 2021
Bandeira do Irã em frente à sede da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) em Viena, Áustria, 1º de março de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 20.04.2021
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Teerã afirmou que o país não está interessado em revitalizar o acordo nuclear de 2015 através de um plano faseado em meio às negociações em Viena.

O Irã espera conseguir o relançamento do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês) através de negociações construtivas, segundo afirmou o porta-voz da administração iraniana Ali Rabiei. No entanto, ele observou que o Irã não está disposto a fazer concessões além do acordo nuclear.

"Tecnicamente, é possível suspender as sanções que violam o JCPOA e revitalizar plenamente o acordo no curto prazo. Esperamos alcançar o resultado desejado através de negociações construtivas", disse Rabiei.

"Não temos pressa em reclamar nossos direitos óbvios no acordo e não estamos dispostos a quaisquer fazer concessões além do âmbito do JCPOA", acrescentou.

O porta-voz iraniano afirmou que a administração dos Estados Unidos pode no curto prazo regressar a suas obrigações sob o JCPOA, que violou, e depois o Irã "pode verificar rapidamente [o processo] e [...] voltar rapidamente a nossos compromissos".

Em 2015, o Irã e o grupo de países P5+1 (China, França, Rússia, Reino Unido, EUA e Alemanha) fecharam o acordo JCPOA, que obrigava o Irã a reduzir seu programa nuclear e diminuir suas reservas de urânio em troca da suspensão das sanções.

Em 2018, os EUA saíram unilateralmente do acordo, impuseram novas sanções contra o Irã e criaram obstáculos financeiros ainda mais rigorosos. Respondendo às ações dos Estados Unidos, o Irã tomou várias medidas contra a desnuclearização.

Em 6 de abril, as potências mundiais signatárias do plano começaram em Viena, na Áustria, um diálogo para fazer Washington e Teerã cumprirem as cláusulas do acordo de 2015.

Em 16 de abril, o Irã começou o processo de enriquecimento de urânio a 60% de pureza físsil nas instalações em Natanz. De acordo com o JCPOA, o enriquecimento de urânio era limitado a 3,67% para o Irã. O país deu início ao enriquecimento de urânio a 60% para demonstrar suas capacidades técnicas, após "sabotagem terrorista" que causou uma explosão na usina nuclear de Natanz.

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