Reino Unido deveria estar 'terrivelmente preocupado' com cepa indiana do SARS-CoV-2, diz cientista

© REUTERS / Henry NichollsPessoas tomam sol no Hyde Park, conforme as restrições impostas para combate à COVID-19 são gradualmente retiradas em Londres, Reino Unido, 4 de abril de 2021
Pessoas tomam sol no Hyde Park, conforme as restrições impostas para combate à COVID-19 são gradualmente retiradas em Londres, Reino Unido, 4 de abril de 2021  - Sputnik Brasil, 1920, 19.04.2021
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A cepa B.1.617 poderia "arruinar" o plano britânico de reabertura, que começou na semana passada, e causar "uma terceira onda" do novo coronavírus no país, alerta cientista.

O Reino Unido deveria estar "terrivelmente preocupado" com o possível impacto da variante indiana do SARS-CoV-2, a cepa B.1.617. "Acho que devemos estar terrivelmente preocupados com isso", afirmou Danny Altmann, cientista e professor de imunologia, do Imperial College London.

"É semelhante às [variantes] que conhecemos, mistura e combina algumas das características que vimos antes com esta mudança E484Q que vimos antes em uma versão semelhante, mas diferente na África do Sul e no Brasil", explica o cientista, citado pela emissora BBC.

© REUTERS / Dylan MartinezLondrinos se reúnem em bar a céu aberto, conforme restrições rígidas contra a COVID-19 começam a ser retiradas, Londres, Reino Unido, 12 de abril de 2021
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Londrinos se reúnem em bar a céu aberto, conforme restrições rígidas contra a COVID-19 começam a ser retiradas, Londres, Reino Unido, 12 de abril de 2021

Nova ameaça

A cepa B.1.617 tem mutação dupla da COVID-19, a E484Q e L452R. Ambas são encontradas separadamente em muitas outras variantes do SARS-CoV-2, mas foram registradas juntas pela primeira vez na Índia. Essa nova cepa é provavelmente mais contagiosa e menos sensível às vacinas que as variantes brasileira e sul-africana, afirmam especialistas.

O Reino Unido já identificou pelo menos 77 casos da variante indiana e, de acordo com Altmann, essa cepa pode em breve se tornar uma "variante preocupante", capaz de "arruinar" o plano britânico de retomada da economia e reabertura do comércio, causando "uma terceira onda".

"Estou preocupado com todas as variantes. Não me interpretem mal, acho que nosso roteiro [do Reino Unido] está indo bem e, no momento, neste país, estamos indo muito bem, aproveitando a reabertura […]. Mas lá fora, existe a variante indiana, a sul-africana, brasileira etc., e elas representam uma ameaça", concluiu o cientista.

Em meio ao aumento de casos do novo coronavírus na Índia e temor pela nova variante, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, cancelou nesta segunda-feira (19), a viagem que faria à Índia.

"À luz da atual situação do novo coronavírus, o primeiro-ministro Boris Johnson não poderá viajar para a Índia na próxima semana [...]. Em vez disso, os primeiros-ministros [Narendra] Modi e Johnson falarão no final deste mês para lançar os planos ambiciosos para a futura parceria entre o Reino Unido e a Índia [...]. Eles permanecerão em contato regular" e estão ansiosos para realizar um "encontro pessoalmente ainda este ano", lê-se no comunicado conjunto dos governos britânico e indiano, citado pelo tabloide Daily Mail.

Mais de 32,8 milhões de pessoas já tomaram a primeira vacina contra a COVID-19 no Reino Unido, e 9,9 milhões de britânicos tomaram as duas doses. De acordo com dados oficiais, 150.419 pessoas morreram em decorrência da COVID-19 no Reino Unido.

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