Cônsul da Ucrânia é detido na Rússia ao receber informação secreta

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Bandeiras da Rússia e da Ucrânia - Sputnik Brasil, 1920, 17.04.2021
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O diplomata ucraniano foi detido em flagrante em São Petersburgo enquanto recebia informação classificada durante um encontro com um cidadão russo, informou o Serviço Federal de Segurança (FSB, na sigla em russo) da Rússia.

"Em 16 de abril de 2021, em São Petersburgo, durante um encontro com um cidadão russo enquanto recebia informações confidenciais contidas em bancos de dados de órgãos policiais, o Serviço Federal da Segurança da Federação da Rússia deteve em flagrante um diplomata ucraniano – o cônsul do Consulado-Geral da Ucrânia na cidade de São Petersburgo, Aleksandr Sosonyuk", diz o comunicado.

Nota-se que o detido praticou atividade hostil em relação à Rússia que não é compatível com seu status de funcionário diplomático. O diplomata foi detido por algumas horas e já está em sua representação diplomática.

"Ao diplomata estrangeiro serão aplicadas medidas conforme as normas do direito internacional", foi adicionado.

Por sua vez, o vice-chanceler ucraniano, Yevgeny Yenin, anunciou após o caso que o lado ucraniano está preparando sua resposta em relação a diplomatas russos.

O diplomata chamou o incidente de "mais uma provocação" em relação à Ucrânia, considerando as ações russas hostis.

A Rússia e a Ucrânia têm visto suas relações piorar desde 2014, após a crise político-econômica na Ucrânia que resultou, entre outros, na reunificação da península da Crimeia com a Federação da Rússia. Nas últimas semanas, as tensões entre Moscou e Kiev aumentaram, com o ressurgimento dos confrontos entre o Exército ucraniano e os independentistas do leste da Ucrânia.

Moscou culpou Kiev pela maior parte das provocações ao longo da zona desmilitarizada e criticou a relutância da Ucrânia em cumprir os Acordos de Minsk, que foram criados para evitar qualquer conflito.

Recentemente, Moscou anunciou que vai restringir a navegação de navios militares e oficiais estrangeiros em partes do mar Negro por seis meses, após os EUA terem considerado a possibilidade de aumentar sua presença militar na Ucrânia. A medida tomada pela Rússia foi rapidamente condenada pela Ucrânia e pela União Europeia.

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