Estudo sugere que cepa sul-africana pode reduzir eficácia da vacina da Pfizer

© REUTERS / Marko DjuricaHomem recebe segunda dose da vacina da Pfizer/BioNTech contra a doença a COVID-19 em Belgrado, Sérvia, 13 de abril de 2021
Homem recebe segunda dose da vacina da Pfizer/BioNTech contra a doença a COVID-19 em Belgrado, Sérvia, 13 de abril de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 13.04.2021
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Uma universidade e uma organização de saúde israelenses conduziram um estudo envolvendo cerca de 400 pessoas que se infectaram com a COVID-19, tanto com como sem vacinação.

A cepa sul-africana, B.1.351, foi responsável por cerca de 1% de todos os casos da COVID-19 em pessoas testadas após serem inoculadas com a vacina das farmacêuticas Pfizer e BioNTech, afirmou a agência Reuters no sábado (10).

O estudo, publicado no servidor de pré-impressão medRxiv, e realizado em conjunto pela Universidade de Tel Aviv, Israel, e Clalit, o maior prestador de serviços de saúde israelense, abrangeu quase 400 pessoas, que foram testadas para o novo coronavírus 14 dias ou mais após se vacinarem.

No entanto, entre os pacientes que haviam recebido duas doses da vacina, a taxa de prevalência da cepa era oito vezes maior do que entre os que não haviam sido vacinados: 5,4% contra 0,7%, sugerindo que a vacina da Pfizer é menos eficaz contra a variante sul-africana, em comparação com o vírus detectado em Wuhan, China, e uma cepa identificada pela primeira vez no Reino Unido, explicam os pesquisadores.

"Encontramos uma taxa desproporcionalmente maior da cepa sul-africana entre os indivíduos vacinados com a segunda dose, em comparação com o grupo não vacinado", disse a cientista Adi Stern, da Universidade de Tel Aviv.

"Isto significa que a variante sul-africana é capaz, até certo ponto, de quebrar a proteção da vacina."

Ao mesmo tempo, o estudo cobriu apenas uma pequena amostra dos infectados com a variante sul-africana porque essa cepa é bastante rara em Israel, explicou a equipe. Além disso, a pesquisa não tinha a intenção de avaliar a eficácia geral da vacina contra nenhuma das variantes, uma vez que apenas foram observados aqueles que já haviam testado positivo para a COVID-19, em vez de taxas de infecção geral, observam os cientistas.

As empresas Pfizer e a BioNTech afirmaram em 1º de abril que sua vacina possui uma eficácia de 91,3% na prevenção da COVID-19 após seis meses de estudos.

Apesar disso, estudos anteriores sugerem que a vacina da Pfizer é menos eficaz contra a variante B.1.351 do que outras linhagens.

Aleksandr Semyonov, diretor do Centro Estatal de Pesquisa de Virologia e Biotecnologia Vector de Ekaterinburgo, Rússia, acredita que a EpiVacCorona, outra vacina contra o SARS-CoV-2, é eficaz contra a variante B.1.351. Ele prevê que o inoculante será capaz de se adaptar rapidamente a novas versões do vírus, incluindo a cepa sul-africana.

Segundo Aleksandr Gintsburg, diretor do Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, a Sputnik V tem uma forte eficácia contra algumas das cepas principais do coronavírus.

"Contra a cepa britânica foram comprovados 100% de proteção. Contra a cepa sul-africana também há proteção, e nós continuamos a estudando", disse.

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