Antiga cidade egípcia descoberta perto de Luxor pode levar até 10 anos para ser estudada

© AFP 2023 / KHALED DESOUKIOperário carrega vaso no sítio arqueológico da "cidade dourada" desenterrada em Luxor, no Egito, 10 de abril de 2021
Operário carrega vaso no sítio arqueológico da cidade dourada desenterrada em Luxor, no Egito, 10 de abril de 2021  - Sputnik Brasil, 1920, 10.04.2021
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O mesmo cientista que anunciou nesta quinta-feira (8) a descoberta de uma antiga cidade egípcia oculta durante milênios perto de Luxor, agora conta que escavações no sítio arqueológico podem levar 10 anos.

Os arqueólogos devem levar pelo menos 10 anos para escavar totalmente a cidade recém-descoberta sob a areia na margem ocidental do rio Nilo, perto de Luxor, no Egito, segundo informou o arqueólogo e ex-ministro de Antiguidades, Zahi Hawass, à Sputnik.

Apelidada de "A Ascensão de Aton" (The Rise of Aten, em inglês), a cidade esteve escondida por mais de 3 mil anos. Até que na quinta-feira (8), o Ministério do Turismo e Antiguidades egípcio anunciou que uma expedição liderada por Hawass teria descoberto o maior assentamento antigo do Egito.

Acredita-se que esta antiga "Pompeia" tenha sido fundada pelo faraó Amenhotep III no século XIV a.C. e permaneceu ativa durante o reinado do faraó Tutancâmon e seu sucessor Ay.

"Esta é uma cidade completa, ela é considerada o maior assentamento jamais descoberto [...] O trabalho vai durar pelo menos 10 anos, pois precisamos escavar toda a cidade, assim como a área dos templos", detalhou Hawass.

Segundo o cientista, há três bairros da cidade onde existem locais para armazenamento de carne e áreas onde eram produzidos roupas e tijolos crus. A zona dos templos deve ser escavada a partir do terceiro trimestre.

A equipe deu início às escavações em setembro passado e, em questão de semanas, descobriu estruturas de tijolos de barro se espalhando em todas as direções. Aos poucos foi surgindo no local uma grande cidade preservada em boas condições, com paredes relativamente completas e unidades vivas que ainda continham instrumentos de uso diário.

De acordo com Mostafa Waziri, secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, 60 missões arqueológicas buscaram anteriormente, sem sucesso, vestígios da cidade faraônica no local.

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