Embaixadora dos EUA exige ação da ONU para 'salvar a vida do povo' de Mianmar

© REUTERS / Mike SegarA nova embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, dá uma coletiva de imprensa em Nova York, em 1º de março de 2021
A nova embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, dá uma coletiva de imprensa em Nova York, em 1º de março de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 09.04.2021
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Os Estados Unidos exigiram nesta sexta-feira (9) que o Conselho de Segurança da ONU tome uma ação rápida em Mianmar para a resolução dos conflitos no país.

A declaração de exigência veio da embaixadora Linda Thomas-Greenfield, durante uma reunião do Conselho de Segurança.

"Os militares precisam sentir o custo associado a suas ações terríveis. A estabilidade e prosperidade da região dependem de uma ação rápida. Os militares ignoraram nossas condenações, impondo um teste para o Conselho de Segurança. O Conselho reclamará da linguagem em outra declaração ou agiremos para salvar a vida do povo birmanês?" disse a embaixadora, usando o antigo nome de Mianmar, Birmânia.

Thomas-Greenfield informou também que os militares mianmarenses rejeitaram o pedido de visita da enviada especial da ONU Christine Schraner Burgener, que chegou à Tailândia na sexta-feira (9) em esforço na tentativa de acalmar a situação em Mianmar.

"Devemos insistir para que as autoridades militares permitam que a enviada especial da ONU visite a Birmânia [Mianmar] sem pré-condições. [...] Hoje ela nos disse que sua visita foi rejeitada. Ela precisa de acesso irrestrito a ativistas da sociedade civil e líderes pró-democracia, incluindo a conselheira de Estado Aung San Suu Kyi, bem como o presidente Win Myint", disse Thomas-Greenfield, citada pela AFP.
© REUTERS / Reprodução de vídeoManifestantes em confronto com militares durante protestos em Mianmar, no dia 29 de março de 2021
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Manifestantes em confronto com militares durante protestos em Mianmar, no dia 29 de março de 2021

Protestos em Mianmar

Mianmar tem sido palco de protestos quase diários desde que os militares derrubaram o governo eleito de Aung San Suu Kyi, em 1º de fevereiro, e instalaram um governo liderado por generais. Suu Kyi e outros membros da Liga Nacional para a Democracia estão detidos.

Mais de 600 pessoas foram mortas pela repressão militar nas manifestações ocorridas no país, de acordo as Nações Unidas. Burgener já alertou para a possibilidade de eclosão de uma guerra civil no país.

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