Irã e Iraque se unem para investigar assassinato de Soleimani, informa mídia persa

© AP Photo / Anmar KhalilApoiadores das Forças de Mobilização Popular assistem a procissão de aniversário do assassinato de Abu Mahdi al-Muhandis, com fotos dele e de Qassem Soleimani, em Najaf, Iraque, 4 de janeiro de 2021
Apoiadores das Forças de Mobilização Popular assistem a procissão de aniversário do assassinato de Abu Mahdi al-Muhandis, com fotos dele e de Qassem Soleimani, em Najaf, Iraque, 4 de janeiro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 04.04.2021
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O secretário do Alto Conselho Judiciário Iraniano para os Direitos Humanos informou que seria criado um comitê irano-iraquiano para investigar o assassinato do major-general Qassem Soleimani.

Ali Baqeri Kani, diretor do Alto Conselho Judiciário, disse que o gabinete da procuradoria para delitos internacionais, encarregado do caso, está atualmente finalizando a acusação, relata o Tehran Times.

"Iniciamos outro procedimento em cooperação com os iraquianos. Eles têm autoridade para investigar este crime, pois ele ocorreu em seu país e seus cidadãos foram atingidos e martirizados", declarou Kani, citado pela mídia persa.

O general Qassem Soleimani, comandante da Força Quds do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês), e Abu Mahdi al-Muhandis, vice-comandante das Unidades de Mobilização Popular do Iraque (PMU, na sigla em inglês), foram assassinados em um ataque de drone autorizado pelo ex-presidente dos EUA Donald Trump, em 3 de janeiro de 2020.

© AP Photo / Khalid MohammedMembros das Forças de Mobilização Popular xiitas do Iraque cantam slogans contra os EUA no Aeroporto Internacional de Bagdá, Iraque, ao passo que homenageiam o major-general iraniano Qassem Soleimani
Irã e Iraque se unem para investigar assassinato de Soleimani, informa mídia persa - Sputnik Brasil, 1920, 04.04.2021
Membros das Forças de Mobilização Popular xiitas do Iraque cantam slogans contra os EUA no Aeroporto Internacional de Bagdá, Iraque, ao passo que homenageiam o major-general iraniano Qassem Soleimani

Ambos os comandantes eram respeitados em seus países, devido às suas missões contra o Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia e em outros países), particularmente na Síria e no Iraque. A sua morte não só se traduziu em uma perda para as duas nações, como foi também uma grave violação da soberania do Iraque.

Um ano após o assassinato, Bagdá e Teerã emitiram mandados de prisão contra Trump, que não tiveram qualquer resultado. O ministro das Relações Exteriores do Irã, Javad Zarif, chegou mesmo a afirmar que os EUA e o Daesh – que festejou a morte de Soleimani – eram "irmãos de armas".

O comitê conjunto para a investigação foi formado na sequência da visita entre 8 a 11 de fevereiro de 2021 do chefe do Judiciário do Irã, Ebrahim Raisi, ao Iraque. "O processo de investigação do assassinato do mártir Soleimani deve ser seguido o mais séria e rapidamente possível, no âmbito do comitê conjunto entre a República Islâmica do Irã e o Iraque", declarou Raisi, citado pelo Tehran Times.

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