Maior cratera de Titã poderia ter sido 'berço ideal' para surgimento da vida, diz estudo brasileiro

© Foto / Pixabay / WikiImagesTitã, a maior Lua de Saturno
Titã, a maior Lua de Saturno - Sputnik Brasil, 1920, 23.03.2021
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Cientistas da Universidade de Campinas em São Paulo revelaram que em um dos maiores satélites de Saturno poderiam ter surgido condições para formação da vida, escreve o portal científico Science.

De acordo com resultados da pesquisa chefiada pelo geólogo brasileiro Álvaro Penteado Crósta, a superfície de Titã, a lua gelada de Saturno, é coberta de hidrocarbonetos orgânicos. Além disso, o satélite possui uma crosta de gelo, mas sob ela existe um oceano, a aproximadamente 100 quilômetros de profundidade.

De acordo com um novo estudo, um asteroide ou cometa que tivesse colidido com Titã poderia teoricamente ter misturado estes dois ingredientes (os hidrocarbonetos orgânicos e a água). Após isso, as crateras de impacto resultantes teriam proporcionado o local ideal para o início da vida.

Segundo o modelo apresentado pelos autores da pesquisa na 52ª Conferência Lunar e Planetária de Ciência, a maior cratera de Titã, Menrva, que se acredita ter sido formada um bilhão de anos atrás, foi resultado do impacto de uma rocha espacial de 34 quilômetros de largura contra a superfície do satélite à velocidade de sete quilômetros por segundo (25.200 km/h). O impacto pode ter perfurado a crosta gelada de Titã.

Léa Bonnefoy, cientista planetária e especialista em Titã na Universidade de Paris, França, explica: "Se você tem muita água líquida criando uma piscina temporariamente quente na superfície, então você pode ter condições favoráveis para a vida", adicionando que "se você tiver material orgânico circulando da superfície para o oceano, isso torna o oceano um pouco mais habitável".

O lago provavelmente só teria existido por 1 milhão de anos antes de congelar nas temperaturas frias de Titã. Mas isso pode ter sido tempo suficiente para os micróbios evoluírem, aproveitando a água líquida, moléculas orgânicas e o calor do impacto.

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