Emirados Árabes Unidos acusam Netanyahu de aproximação diplomática para palanque eleitoral

© AP Photo / Abir SultanBenjamin Netanyahu fala durante sua reunião com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán e o primeiro-ministro da República Tcheca, Andrej Babis, em Jerusalém, na quinta-feira, 11 de março de 2021. (Abir Sultan / Pool Photo via AP)
Benjamin Netanyahu fala durante sua reunião com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán e o primeiro-ministro da República Tcheca, Andrej Babis, em Jerusalém, na quinta-feira, 11 de março de 2021. (Abir Sultan / Pool Photo via AP) - Sputnik Brasil, 1920, 19.03.2021
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Abu Dhabi critica posição do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em citar sua boa relação com o país para se destacar nas eleições que acontecem em quatro dias em Jerusalém.

Após o primeiro ministro israelense cancelar viagem histórica para Abu Dhabi no último dia 11, os Emirados Árabes Unidos se distanciam publicamente do premiê alegando que Netanyahu está manobrando a aproximação com o país árabe para promover sua campanha política, segundo a CNN.

O embaraço diplomático ocorre apenas seis meses depois que os Acordos de Abraão foram assinados na intenção de trazer normalização histórica entre os dois países.

"Os Emirados Árabes Unidos assinaram o acordo [Acordos de Abraão] pela esperança e oportunidade que oferece ao nosso povo e não para líderes individuais. Personalizar e politizar o acordo desta forma rebaixa a conquista histórica. Os EAU não seguirão por esse caminho" disse um representante dos Emirados citado pela mídia.

Depois da assinatura do pacto, Netanyahu passou a enunciar o nome do príncipe herdeiro de Abu Dhabi, Mohammed bin Zayed Al Nahyan, em aparições recentes e campanhas eleitorais, se apresentando como facilitador de projetos de investimento multibilionários dos EAU em Israel, e sugerindo que seus oponentes não têm a mesma influência, segundo a mídia.

Na capital emiradense, autoridades deixaram claro que ficaram frustradas com o que consideraram "propaganda eleitoral interna" do líder israelense.

Na quarta-feira (17), o ministro das Relações Exteriores dos EAU, Anwar Gargash, fez um post em seu Twitter evidenciando o objetivo da assinatura dos Acordos de Abraão por parte do país, que seria o incentivo da paz na região, e não a contribuição para o aumento da influência do candidato.

Da perspectiva dos Emirados Árabes Unidos, o objetivo dos Acordos de Abraão é fornecer uma base estratégica robusta para promover a paz e a prosperidade com o Estado de Israel e em toda a região. Os EAU não participarão de nenhuma campanha eleitoral interna em Israel, agora ou nunca.

Na semana passada, Abu Dhabi anunciou planos para investir US$ 10 bilhões (cerca de R$ 55,6 bilhões) em Israel. Dias depois, o ministro da Indústria e Tecnologia, Ahmad al-Jaber, alertou que o plano não deve ser visto como "politicamente associado", de acordo com a CNN.

As eleições israelenses ocorrem no dia 23 de março.

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