Restos de animais de estimação de 1.900 anos são identificados em cemitério egípcio (FOTOS)

© Foto / Marta OsypinskaOs macacos de estimação foram encontrados cuidadosamente enterrados em uma necrópole animal e dispostos como crianças dormindo
Os macacos de estimação foram encontrados cuidadosamente enterrados em uma necrópole animal e dispostos como crianças dormindo - Sputnik Brasil, 1920, 09.03.2021
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Vários animais enterrados entre os séculos I e II d.C., na periferia do antigo porto de Berenice Troglodítica, às margens do mar Vermelho, teriam sido animais de estimação que morreram por causas naturais, não sendo sacrificados para fins religiosos.

Descoberto em 2011, o cemitério de animais seria composto por cerca de 585 esqueletos de gatos, 32 de cães, e outros 15 pertencentes a macacos. Foram, no entanto, ainda encontrados restos mortais de uma raposa e de um falcão.

Nenhum teria sido mumificado, embora alguns tivessem sido encontrados em caixões improvisados, como, por exemplo, o caso de um cachorro que estaria "envolvido em uma esteira de folhas de palmeira, e alguém havia colocado cuidadosamente duas metades de um vaso grande sobre seu corpo", informa a arqueóloga polonesa Marta Osypinska, citada pelo Live Science.

Tumbas de quase 600 cães e gatos do Antigo Egito poderiam constituir o cemitério de animais mais antigo do mundo
A descoberta dos restos mortais destes animais de quase dois milênios poderá indicar um fato interessante e importante da história humana.

Apesar da maioria dos animais enterrados ter tido, provavelmente, utilidade para os humanos daquela época, tal como a função da caça, alguns apresentavam características mais peculiares. Alguns dos cachorros seriam desdentados ou até menores que gatos, sendo que alguns dos últimos foram encontrados usando coleiras "muito preciosas e exclusivas", conta a pesquisadora.

A descoberta de um cemitério de animais no porto romano de Berenice foi reportada pela Antiquity em 2016. A saúde dos animais e seu método de enterro indicam que eles seriam companheiros valiosos.

Assim, Osypinska acredita que tal descoberta "mostra que os humanos têm uma profunda necessidade da companhia de animais". A arqueóloga sustém sua teoria explicando que "o porto de Berenice se situava no fim do mundo. Era um pedaço vazio e hostil do mesmo. Os comerciantes chegavam ao local para levar mercadorias exclusivas para o império. O que se traduzia em uma jornada muito longa e difícil, pelo que traziam para si mesmos um cachorro amado, ou um macaco trazido da Índia, ou gatos".
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