Lavrov: para salvar acordo nuclear, EUA devem enviar a Teerã 'sinal da seriedade de suas intenções'

© Sputnik / Ministério das Relações Exteriores da RússiaMinistro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, durante conferência de imprensa, após seu encontro com homólogo mexicano Marcelo Ebrard, em 6 de fevereiro de 2020
Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, durante conferência de imprensa, após seu encontro com homólogo mexicano Marcelo Ebrard, em 6 de fevereiro de 2020 - Sputnik Brasil, 1920, 04.03.2021
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Washington poderia tomar medidas que desbloqueariam a situação em torno do acordo nuclear iraniano, enviando a Teerã um sinal sobre a seriedade das intenções dos EUA de voltarem ao Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA), disse o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov.

"A 'janela de oportunidade' para salvar o acordo nuclear ainda está aberta. A condição necessária é o cumprimento total e consistente dos compromissos de 2015 por todos os países que os desenvolveram e celebraram. Nós estamos interagindo de muito perto com todos os participantes do JCPOA para atingirmos esse objetivo", contou Lavrov em entrevista à revista Russkaya Mysl, publicada no site do ministério.

Nas palavras dele, a Rússia também está em contato permanente com os parceiros europeus para encontrar possíveis soluções, mas muito depende dos Estados Unidos.

"Uma questão de princípio é a posição da administração de Joe Biden sobre o acordo nuclear. Segundo nossa opinião, o desbloqueio da situação em torno do Irã e seu programa nuclear seria propiciado por tais medidas de Washington que enviassem um sinal a Teerã demonstrando a seriedade de intenções dos EUA para voltarem ao JCPOA", ressaltou o chanceler russo.

Moscou espera que a situação em torno do acordo nuclear seja alterada para melhor e está pronta para colaborar na obtenção dos acordos respectivos, afirmou Lavrov.

Ele apontou também que Teerã falou várias vezes a favor da prontidão para "descongelar" totalmente o cumprimento pelo Irã de todas as disposições do JCPOA, assim que for restaurado o equilíbrio de interesses perdido.

"De nosso lado, estamos prontos para colaborar de todas as maneiras na obtenção de acordos neste assunto", adicionou Lavrov.

O JCPOA foi celebrado em 2015, mas não chegou a três anos de existência. Em 2018, a administração norte-americana de Donald Trump anunciou sua saída unilateral do JCPOA, alegando violação do acordo nuclear por parte do Irã, apesar de inspeções internacionais confirmarem seu cumprimento por este país, e o retorno à política de "pressão máxima" contra a nação persa. Isso levou Teerã a aumentar gradualmente a produção de urânio enriquecido.

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