Irã acusa EUA de lucrar com 'comércio de sangue' vendendo armas à Arábia Saudita usadas contra Iêmen

© AP Photo / Andrew Caballero-ReynoldsMembro da Força Aérea dos EUA perto de uma bateria de mísseis Patriot na base aérea Prince Sultan em Al-Kharj, região central da Arábia Saudita, 20 de fevereiro de 2020 (foto de arquivo)
Membro da Força Aérea dos EUA perto de uma bateria de mísseis Patriot na base aérea Prince Sultan em Al-Kharj, região central da Arábia Saudita, 20 de fevereiro de 2020 (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 04.03.2021
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Na quarta-feira (3), em resposta às acusações dos EUA, o Ministério das Relações Exteriores do Irã acusou Washington de lucrar com um "comércio de sangue" vendendo armas à Arábia Saudita usadas na guerra no Iêmen.

O porta-voz da chancelaria iraniana, Saeed Khatibzadeh, afirmou a jornalistas que os EUA e seus aliados "têm vindo a colher [o] benefício do comércio de sangue no Iêmen, vendendo armas para a coalizão liderada pelos sauditas".

"Os americanos não podem lançar acusações infundadas aos outros em vez de serem responsáveis pelas atrocidades", sublinhou porta-voz iraniano, citado pela PressTV. Khatibzadeh observou ainda que, mesmo com a coalizão liderada pelos sauditas estando em processo lento de desintegração, os envolvidos "ainda tentam negar a responsabilidade pelas atrocidades e desorientar a opinião pública".

Os comentários de Khatibzadeh surgem um dia depois de o secretário de estado dos EUA, Antony Blinken, ter acusado Irã de perpetuar o conflito, apoiando os houthis, que são formalmente conhecidos como Ansarallah.

"Envolvimento do Irã no Iêmen atiça as chamas do conflito, ameaçando com uma maior escalada, erro de cálculo e instabilidade regional. Ansarallah usa armas iranianas, [meios de] inteligência, treinamento e apoio para conduzir ataques que ameaçam alvos civis e infraestrutura no Iêmen e na Arábia saudita", afirmou Blinken em comunicado.

© AFP 2023 / STRMilitantes houthis na província de Bayda, Iêmen
Irã acusa EUA de lucrar com 'comércio de sangue' vendendo armas à Arábia Saudita usadas contra Iêmen - Sputnik Brasil, 1920, 04.03.2021
Militantes houthis na província de Bayda, Iêmen

Washington é um parceiro da Arábia Saudita desde a década de 1940, que não só tem vendido armas avançadas a sauditas e outros membros da coalizão, como os Emirados Árabes Unidos, Egito e Marrocos, mas também tem fornecido amplo apoio logístico para ataques da coalizão incluindo informações de alvos e serviços de reabastecimento aéreo.

Além disso, um pequeno número de tropas dos EUA foi enviado para a região fronteiriça entre Arábia Saudita e Iêmen para realização de patrulhas a fim de destruir localidades de mísseis e artilharia houthis.

Na quarta-feira (3), os houthis, movimento militante iemenita, conseguiu proteger grande parte de Marib, o último baluarte no norte do Iêmen.

Segundo o movimento houthi, a coalizão liderada pela Arábia Saudita empregou combatentes do Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em outros países) para se defender.

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