Antigo crânio isolado de coveira italiana revela destino esquisito após morte da dona (FOTO)

© Foto / Pixabay / Free-PhotosCaverna (imagem referencial)
Caverna (imagem referencial) - Sputnik Brasil, 1920, 04.03.2021
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Cientistas italianos conseguiram estabelecer a origem de um crânio de uma mulher da Idade do Cobre descoberto no fosso de uma caverna no norte da Itália. Os resultados desta investigação científica foram publicados na revista PLOS ONE.

Em 2015, os espeleólogos encontraram no fosso de uma caverna na província de Bolonha um crânio sem o maxilar inferior. Sabe-se que os antigos habitantes do território da atual Itália usavam cavernas para sepultar os mortos, mas, neste caso, não havia outros ossos humanos por perto, além disso, o crânio estava em um local quase inacessível.

A localização e história do achado interessou os cientistas. Análises por radiocarbono mostraram que este pertencia a uma mulher jovem entre 24 e 35 anos de idade que viveu na Idade do Cobre, entre 3630 e 3380 a.C.

Acontece que o crânio estava em um fosso, em um ponto de muito difícil acesso. "O interesse levou os cientistas a questionar: Quando e como ele apareceu lá?", indica a principal autora do estudo, Maria Giovanna Belcastro, da Universidade de Bolonha.

Os cientistas descobriram algumas marcas na superfície do crânio causadas pela remoção dos tecidos moles durante o ritual fúnebre. Além disso, os especialistas analisaram a composição de sedimentos dentro do crânio e na sua superfície e, com base nos resultados, chegaram à conclusão que primeiramente o crânio havia sido enterrado em outro lugar.

CC BY 4.0 / Belcastro et al. / PLOS ONE / Cropped imageCrânio de uma mulher da Idade do Cobre descoberto no fosso de uma caverna no norte da Itália
Antigo crânio isolado de coveira italiana revela destino esquisito após morte da dona (FOTO) - Sputnik Brasil, 1920, 04.03.2021
Crânio de uma mulher da Idade do Cobre descoberto no fosso de uma caverna no norte da Itália

É muito provável que a sepultura tenha sido levada por correntes de água da chuva, e o crânio, junto com a água, tenha acabado por cair no fosso. Isso é ainda comprovado por o crânio apresentar lesões compatíveis com a queda a grande profundidade.

Além da revelação da história do crânio, os resultados do estudo fornecem novos conhecimentos sobre as práticas fúnebres na Idade do Cobre nesta região. Os autores não descartam a possibilidade de o rito funerário incluir o desmembramento do falecido ou, pelo menos, o decepamento da cabeça.

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