Pequim desmente possibilidade de aliança formal com Moscou para equilibrar forças com OTAN

© Sputnik / Sergei GuneevPresidente da Rússia, Vladimir Putin, participa de eventos realizados no âmbito de visita à Rússia do presidente da China, Xi Jinping
Presidente da Rússia, Vladimir Putin, participa de eventos realizados no âmbito de visita à Rússia do presidente da China, Xi Jinping - Sputnik Brasil, 1920, 03.03.2021
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O Tratado de Amizade Sino-Soviético pode já pertencer ao passado, mas, mesmo assim, nas últimas décadas, a Rússia e a China têm desenvolvido relações significativas nos campos militar, econômico e político.

O ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, desmentiu os rumores de que Moscou e Pequim estariam planejando criar uma aliança formal para fazer frente à OTAN e ao grupo Quad no Indo-Pacífico. Porém, volta a sublinhar que, por vezes, os dois países têm interesses coincidentes.

"As relações militares China-Rússia são uma importante força de apoio para a cooperação estratégica entre os dois países […] Os dois lados aderem ao princípio de não-alinhamento, não-confrontação e de não-direcionamento contra terceiros países, algo que difere por completo da aliança militar entre alguns países", declarou o ministro na segunda-feira (1º), citado pelo South China Morning Post.

Moscou e Pequim mantêm o que chamam de "parceria estratégica abrangente", focada na integração econômica e na chamada cooperação de benefícios mútuos. De igual modo, ambas as nações têm vindo a participar de exercícios militares conjuntos nos últimos anos, tais como os jogos de guerra Kavkaz 2020, e os exercícios Vostok 2018, ambos com outras nações.

O presidente russo, Vladimir Putin, por sua vez, disse em outubro do ano passado, ao responder à questão sobre a possibilidade de uma aliança formal com Pequim, que "não precisamos dela, mas, teoricamente, é bem possível imaginá-la".

Durante a Guerra Fria, Washington conseguiu separar a China da União Soviética. Nos dias de hoje, temos assistido à escalada das tensões entre a China e os EUA, ao passo que a Rússia e o gigante asiático se têm tornado mais próximos.

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