Em um manifesto publicado em seu website, o segundo maior partido dentro do parlamento alemão disse aos seus apoiadores que "apesar de todo o criticismo necessário, estamos contando que a Rússia esteja preparada para entrar em diálogo e para cooperar".
"A paz na Europa não é possível sem a Rússia, somente com a Rússia. Os contatos da sociedade civil são valiosos nas relações com [o país], e nós queremos continuar apoiando e expandindo isso", acrescentou o partido em seu manifesto. Ao mesmo tempo, o partido de centro esquerda sugeriu que o processo de obtenção de visto entre Rússia e Alemanha fosse suavizado, de modo a permitir o contato entre os cidadãos mais jovens de ambas as nações.
Porém, o SPD sublinha estar ciente dos principais pontos de conflito entre Moscou e o Ocidente, tais como a situação da Crimeia, a guerra no leste da Ucrânia, os supostos ataques cibernéticos russos e o suposto envenenamento do oposicionista Aleksei Navalny.
No entanto, a Alemanha tem sido, nas últimas décadas, a nação europeia com mais laços econômicos com a Rússia, mesmo compartilhando discórdias políticas. Na verdade, ambos os países representam de longe as maiores economias europeias, quando medidas pela paridade do poder de compra.
Para além disso, Berlim continuou a apoiar o gasoduto Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2, na tradução), suportado pela principal companhia energética russa Gazprom, mesmo com as sanções provenientes dos EUA, que percepcionavam esse projeto como uma ameaça à segurança na Europa.
