Biden é criticado nos EUA por impor sanções às pessoas 'erradas' na Rússia e na Arábia Saudita

© REUTERS / Jonathan ErnstPresidente dos EUA, Joe Biden, discursa na Casa Branca, Washington, EUA, 22 de fevereiro de 2021
Presidente dos EUA, Joe Biden, discursa na Casa Branca, Washington, EUA, 22 de fevereiro de 2021  - Sputnik Brasil, 1920, 03.03.2021
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Na última semana, Estados Unidos anunciaram sanções contra Rússia e Arábia Saudita por alegados abusos dos direitos humanos. Em todas as ocasiões, críticos afirmaram que Joe Biden estaria extrapolando seus limites.

Os mercados financeiros e grupos de direitos humanos não ficaram impressionados com as ações do presidente dos EUA, Joe Biden, que decretou sanções contra oficiais sêniores implementadores da lei na Rússia devido a envenenamento e prisão do opositor russo Aleksei Navalny. O mesmo criticismo foi observado quando Biden se recusou a sancionar o príncipe saudita, Mohammed bin Salman, após relatório de inteligência tê-lo acusado de aprovar assassinato do colunista do jornal The Washington Post Jamal Khashoggi, segundo a agência Bloomberg.

Críticos argumentam que Biden iniciou sua presidência com um tom errado. Após acusar seu predecessor republicano, Donald Trump, de ser fraco contra autocratas, Biden parece estar caminhando na mesma direção, falhando em se manter firme perante Vladimir Putin e a Coroa saudita, o que contradiz a retórica de Biden em época de campanha presidencial.

"Eles [administração Biden] castigaram Trump por ser fraco com a Rússia, e disseram que seriam duros, e [agora] estão fazendo o mesmo", apontou James Carafano, diretor de estudos de política externa da Fundação Heritage em Washington, citado pela agência.

Este comportamento do governo norte-americano desapontou muitos dos que acreditam que o príncipe saudita deveria ser castigado, bem como foram os apoiadores de Navalny, escreve Bloomberg.

"Que os EUA e a UE impuseram sanções às pessoas envolvidas na prisão de Navalny é maravilhoso e legal", escreveu no Twitter Maria Pevchykh, amiga próxima do opositor russo. "Porém, as sanções mais dolorosas, que não foram importas nem pelos EUA nem pela UE, são as que são contra os oligarcas", citada pela agência.

Contudo, a administração Biden não se deixa derrubar pelas críticas. Em conversa com repórteres na terça-feira (2), um oficial sênior descreveu as sanções impulsionadas pelo caso Navalny como o primeiro passo, sugerindo que outras três áreas se seguiriam: interferência russa nas eleições; o ataque cibernético SolarWinds que afetou instituições governamentais norte-americanas e centenas de empresas dos EUA; e os relatórios que, supostamente, confirmam que a Rússia estaria oferecendo recompensa por assassinatos de soldados americanos no Afeganistão.

Não obstante tais justificações, críticos acreditam que a administração norte-americana está tomando a abordagem de denúncia e divulgação de nações isoladas que os EUA considerem más.
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