UE chama enviado a Cuba de volta após carta contra a interferência dos EUA na ilha

© AP Photo / Ramon EspinosaEm Havana, Alberto Navarro, o embaixador da União Europeia (UE) para Cuba, fala durante entrevista, em 23 de abril de 2019
Em Havana, Alberto Navarro, o embaixador da União Europeia (UE) para Cuba, fala durante entrevista, em 23 de abril de 2019 - Sputnik Brasil, 1920, 27.02.2021
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A União Europeia (UE) convocou seu embaixador em Cuba, Alberto Navarro, de volta a Bruxelas para explicações sobre carta aberta ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pedindo o fim da interferência nos assuntos internos cubanos.

A informação sobre o retorno do enviado europeu foi veiculada pelo site Politico neste sábado (27), citando como fonte um porta-voz da UE. Na última quarta-feira (24), um grupo de 16 membros do Parlamento Europeu enviou uma carta ao chefe de política externa da UE, Josep Borrell, pedindo-lhe que demitisse Alberto Navarro.

O principal motivo citado foi a assinatura da carta, que, entre outras coisas, pedia a Biden para que garantisse pessoalmente o fim das sanções contra Cuba. Além de Navarro, a carta foi supostamente assinada principalmente por funcionários e cidadãos cubanos.

"Recebemos a carta [dos eurodeputados] e pedimos ao embaixador que viesse a Bruxelas para dar explicações. Entretanto, lhe pedimos que fornecesse uma nota detalhando o assunto", disse o porta-voz da UE.

O representante da UE não especificou se Borrell estava considerando despedir o embaixador, mas o próprio fato de convocá-lo a Bruxelas já é considerado uma dura reprimenda.

© AP Photo / Francois LenoirO alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell
UE chama enviado a Cuba de volta após carta contra a interferência dos EUA na ilha - Sputnik Brasil, 1920, 27.02.2021
O alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell

Conforme observado pelo site Politico, o próprio Borrell já criticou o embargo dos EUA contra Cuba, ainda no início deste mês, durante uma coletiva de imprensa em Moscou. Porém, os legisladores da UE ficaram surpresos com a iniciativa aparentemente independente de Navarro de assinar uma carta de exigências dirigida a um governo de um país terceiro, classificado como "amigo e aliado da UE". Segundo os europeus, Navarro não está credenciado para esse tipo de demonstração.

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