Mão de antepassado dos humanos revelaria 'grande salto evolutivo', diz estudo (FOTO)

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Evolução da espécie humana  - Sputnik Brasil, 1920, 27.02.2021
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O esqueleto de 4,4 milhões de anos de antiguidade pode responder ao enigma sobre como os humanos antigos se moviam e começaram a andar erguidos, de acordo com novo estudo dos cientistas da Universidade Texas A&M, EUA.

O artigo com resultados do estudo foi publicado na revista Science Advances. Analisando os fósseis do Ardipithecus ramidus, antepassado dos humanos que viveu na atual Etiópia 4,4 milhões de anos atrás, os pesquisadores compararam sua mão com as mãos dos humanos modernos e as de centenas de espécies de macacos e símios extintos e existentes.

Os cientistas descobriram que, em muitos parâmetros, esta é mais parecida à mão de símio, sendo mais arcaica que a do australopiteco, de 3,3 milhões de anos de antiguidade.

© Foto / T.D. White et al. / Science 2009Fósseis do Ardipithecus ramidus, antepassado dos humanos que viveu na atual Etiópia 4,4 milhões de anos atrás
Mão de antepassado dos humanos revelaria 'grande salto evolutivo', diz estudo (FOTO) - Sputnik Brasil, 1920, 27.02.2021
Fósseis do Ardipithecus ramidus, antepassado dos humanos que viveu na atual Etiópia 4,4 milhões de anos atrás
"Este 'salto evolutivo' ocorre em um momento crítico, quando os hominídeos estão evoluindo adaptações para uma forma mais humana de marcha erguida, e são descobertas as evidências mais antigas de fabricação de ferramentas de pedra e uso de ferramentas de pedra pelos hominídeos, tais como marcas de corte em fósseis de animais", disse Thomas Prang, um dos autores do estudo, em comunicado publicado pela Universidade Texas A&M.

O especialista disse que o fato de o Ardipithecus ramidus representar uma fase mais antiga da história evolucional humana é importante porque isso potencialmente lança luz sobre o tipo de ancestral do qual os seres humanos e chimpanzés evoluíram.

"Nosso estudo apoia uma ideia clássica proposta pela primeira vez por Charles Darwin em 1871, quando ele não tinha fósseis nem compreensão da genética, de que o uso das mãos e membros superiores para manipulação apareceram nos mais antigos parentes humanos em conexão com a marcha ereta", ressaltou ele.

"Potencialmente isso nos aproxima um passo da explicação de como e por que os seres humanos evoluíram com nossa forma de marcha ereta", concluiu.

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