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França diz que 'não há hipótese' no momento de assinar acordo comercial com Mercosul

© AP Photo / Geert Vanden WijngaertO presidente da França, Emmanuel Macron, escuta adido militar durante cúpula da UE em Bruxelas em 23 de março de 2018
O presidente da França, Emmanuel Macron, escuta adido militar durante cúpula da UE em Bruxelas em 23 de março de 2018 - Sputnik Brasil, 1920, 22.02.2021
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Embaixador da União Europeia no Brasil afirmou que a ratificação do acordo, negociado ao longo de duas décadas, depende das decisões do governo Bolsonaro.

Não há hipótese no momento de a França ratificar o acordo de livre comércio entre a União Europeia (UE) e o Mercosul, afirmou uma autoridade do palácio presidencial nesta segunda-feira (22).

"As condições para repensarmos são numerosas e drásticas e de momento não há hipóteses de serem cumpridas pelos países em questão", disse o responsável, citado pela agência Reuters.

A França, maior produtor agrícola da UE, tem sido um dos adversários mais virulentos da versão atual do acordo com os países sul-americanos, que reúne Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, o quarto maior bloco comercial do mundo.

O acordo foi fechado em 2019, mas ainda não foi ratificado. A França cita preocupações acerca do risco de um aumento nas exportações agrícolas da América do Sul para a Europa e o impacto do acordo sobre as florestas e o clima.

© AP Photo / Eraldo PeresBandeiras do Brasil e do Mercosul (foto de arquivo)
França diz que 'não há hipótese' no momento de assinar acordo comercial com Mercosul - Sputnik Brasil, 1920, 22.02.2021
Bandeiras do Brasil e do Mercosul (foto de arquivo)

No início do mês, uma carta assinada por 65 eurodeputados e enviada ao primeiro-ministro português, António Costa, pressiona para que o acordo comercial seja suspenso. Os signatários alegam que o acordo provocará aumento do desmatamento devido sobretudo à política ambiental do Brasil.

Ignacio Ybañez, embaixador da União Europeia no Brasil, disse, também no início do mês, que a ratificação do acordo, negociado ao longo de duas décadas, depende das decisões do governo Bolsonaro.

"Precisamos de fatos. Se não houver avanços, não será possível assinar este acordo. Continuaremos demandando do Brasil, até que haja resultados concretos. O Brasil sabe o que precisa ser feito", afirmou Ybañez.

O governo brasileiro rejeita as críticas de que não está fazendo o suficiente para conter o desmatamento na Amazônia, e argumenta que a pressão da UE sobre o Brasil advém de interesses protecionistas.

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