China quer diálogo com os EUA e fim da política de sanções e tarifas, diz chanceler chinês

© REUTERS / Olivia HarrisChanceler chinês, Wang Yi, em encontro da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), em Kuala Lumpur.
Chanceler chinês, Wang Yi, em encontro da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), em Kuala Lumpur. - Sputnik Brasil, 1920, 22.02.2021
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Pequim está pronta para restaurar o diálogo com Washington e espera que os Estados Unidos abandonem sua política de sanções, disse o chanceler chinês Wang Yi em declaração nesta segunda-feira (22).

Durante uma fala em um fórum do Ministério das Relações Exteriores em Pequim, o chanceler chinês, Wang Yi, enfatizou que a China nunca se intrometeu nos assuntos internos dos EUA e afirmou que "nos últimos anos, os EUA basicamente cortaram o diálogo bilateral em todos os níveis".

Wang, que cobrou que Washington respeite os interesses chineses, culpou o governo do ex-presidente norte-americano, Donald Trump, pela deterioração das relações bilaterais entre ambos os países e pediu a Washington que crie condições para a cooperação, removendo tarifas sobre produtos chineses e abandonando sanções impostas sobre empresas de tecnologia e também instituições acadêmicas chinesas.

"Estamos prontos para uma comunicação franca com os EUA", disse Wang, ressaltando que a China e os EUA precisam fortalecer o entendimento mútuo por meio do diálogo, apesar das diferenças sociais, culturais e históricas e dos vários pontos de divergência entre os dois países.

O chanceler chinês também afirmou que os EUA precisam parar de "difamar" o Partido Comunista da China e o sistema político do país, e devem parar de apoiar as ações de forças antigovernamentais a favor da independência de Taiwan. O ministro das Relações Exteriores também se posicionou contrário às tentativas de Washington de minar a soberania e segurança da China e de se intrometer em seus assuntos internos, particularmente em relação a Hong Kong, Tibete e Xinjiang.

Wang destacou ainda que a China protege a paz no mundo e não tem como objetivo derrubar governos de outros países, além de não impôr nenhuma ideologia a outros Estados.

© AP Photo / Lintao ZhangXi Jinping, presidente da China (à direita), aperta a mão de Joe Biden, então vice-presidente dos EUA, no Grande Salão do Povo, em Pequim, na China, em 4 de dezembro de 2013
China quer diálogo com os EUA e fim da política de sanções e tarifas, diz chanceler chinês - Sputnik Brasil, 1920, 22.02.2021
Xi Jinping, presidente da China (à direita), aperta a mão de Joe Biden, então vice-presidente dos EUA, no Grande Salão do Povo, em Pequim, na China, em 4 de dezembro de 2013

Embora as relações entre EUA e China tenham recuado para novos níveis sob o governo Trump, o atual presidente dos EUA, Joe Biden, prometeu ser ainda mais duro com Pequim. Em uma conversa com o presidente chinês, Xi Jinping, no início deste mês, Biden alertou Pequim que os EUA estão preocupados com as atividades chinesas no Indo-Pacífico, com supostos abusos dos direitos humanos e práticas comerciais injustas. As autoridades chinesas negam essas acusações.

Como exemplo dessa postura, em seu primeiro grande discurso para um público estrangeiro, na semana passada, durante o encontro virtual do G7, Biden pediu aos aliados de Washington que se preparem para uma dura competição estratégica de longo prazo com a China.

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