Após resultado eleitoral, movimento indígena no Equador vai acionar a Justiça para disputar 2º turno

© AP Photo / Dolores OchoaYaku Perez, candidato presidencial no Equador, fala em um megafone em frente ao Conselho Nacional Eleitoral em Quito
Yaku Perez, candidato presidencial no Equador, fala em um megafone em frente ao Conselho Nacional Eleitoral em Quito - Sputnik Brasil, 1920, 22.02.2021
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Em função da pequena diferença de votos entre o segundo e o terceiro colocado, o líder do movimento indígena, Yacu Pérez, quer judicializar o pleito e reverter o resultado das urnas.

Teoricamente, a disputa do segundo turno nas eleições presidenciais do Equador, em 11 de abril, será entre Andrés Arauz e o ex-banqueiro Guillermo Lasso.

Porém, na prática, a questão é um pouco mais delicada. A partir desta segunda-feira (22), o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador começa a receber as denúncias que podem alterar o resultado anunciado, caso as autoridades validem as impugnações e os pedidos de recontagem.

O candidato Andrés Arauz teve 32,72% dos votos. Em segundo lugar, o ex-banqueiro Guillermo Lasso ficou com 19,74%. O candidato indígena Yacu Pérez teve 19,39%, apenas 0,35% atrás do segundo colocado.

"Se Yacu Pérez conseguir apresentar provas suficientes de irregularidades, o resultado poderá mudar, especialmente se ele comprovar fraude na província de Guayas, região onde a superioridade de Guillermo Lasso foi determinante", explica uma fonte ouvida pela Rádio França Internacional.

© REUTERS / Santiago ArcosFuncionários fazem contagem dos votos de eleição do Equador.
Após resultado eleitoral, movimento indígena no Equador vai acionar a Justiça para disputar 2º turno - Sputnik Brasil, 1920, 22.02.2021
Funcionários fazem contagem dos votos de eleição do Equador.

A disputa jurídica

Yacu Pérez tem três alternativas jurídicas para apresentar evidências de fraude: no Conselho Nacional Eleitoral, no Tribunal Contencioso Eleitoral e na Procuradoria-Geral do Estado, órgão que já manifestou interesse em fazer uma auditoria.

Vale lembrar que o candidato Yacu Pérez tinha conseguido com Guillermo Lasso, há dez dias, um acordo político para recontagem parcial de votos. Porém, Lasso voltou atrás, e agora não quer mais uma recontagem.

Ele sustenta que o acordo foi anulado por não ter amparo jurídico. A lei eleitoral equatoriana não permite um acordo de cavalheiros para recontar os votos.

O cumprimento dessa recontagem é o que o candidato Yacu Pérez continua a reivindicar nas ruas. Para isso, lidera uma marcha que partiu do extremo sul do Equador, no dia 17, e que chegará a Quito nesta terça-feira (23) para rodear o prédio do Conselho Eleitoral.

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