Brasil tem 1ª morte por recorrência do coronavírus apontada em estudo

© Sputnik / Mikhail VoskresenskyAgente de saúde em hospital na cidade de Moscou, Rússia, 3 de fevereiro de 2021
Agente de saúde em hospital na cidade de Moscou, Rússia, 3 de fevereiro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 17.02.2021
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Primeira morte documentada por recorrência da COVID-19 foi de um sergipano. O caso traz à tona o debate da falsa sensação de imunização após primeiro contágio e a importância de manter protocolos de proteção.

Um farmacêutico de 44 anos morreu após recorrência da infecção do coronavírus, em Aracaju, no Sergipe. O caso, registrado por pesquisadores da Universidade Federal de Sergipe, é considerado o primeiro registro documentado no país e foi publicado no Journal of Infection na última sexta-feira (12).

No artigo científico são citados 33 casos de recorrência da COVID-19 em profissionais de saúde de Sergipe, todos confirmados pelo exame RT-PCR, considerado o mais eficaz para confirmação da doença.

O profissional que faleceu teve a doença confirmada pelo exame pela primeira vez em maio de 2020, mas após alguns dias de sintomas leves voltou à linha de frente de atendimento de pacientes. Em junho, pouco mais de um mês depois, o homem apresentou sintomas mais graves e a COVID-19 foi confirmada em um segundo exame RT-PCR. Após internação, o farmacêutico não resistiu e morreu no dia 2 de julho.

© Foto / Divulgação / Azael NetoHospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe
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Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe
"É um resultado importante porque o vírus está associado à morte em uma recorrência. No primeiro episódio foi um caso bem leve. Ele voltar a apresentar sintomas da doença nesse intervalo já é algo incomum, e o desfecho de morte é inédito", disse Roque Pacheco de Almeida, chefe do Laboratório de Imunologia e Biologia Molecular do Hospital Universitário de Sergipe ao portal UOL.

Almeida, que assina o estudo com outros profissionais, informou ser impossível afirmar que tenha sido um caso de recidiva ou de uma reinfecção. Mesmo assim, os pesquisadores destacam no artigo que episódios como esses reforçam a necessidade de vigilância contínua sem uma suposição de proteção após um primeiro contágio da doença.

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