Mais uma variante do coronavírus potencialmente grave é encontrada no Reino Unido e mais 9 países

© AP Photo / Matt DunhamHomem anda com máscara no Reino Unido
Homem anda com máscara no Reino Unido - Sputnik Brasil, 1920, 16.02.2021
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Nova cepa do vírus SARS-CoV-2 é descoberta e preocupa cientistas, já que pode ter o poder de potencializar a principal proteína que ajuda o vírus da COVID-19 a se fixar em células humanas.

Segundo um relatório da Universidade de Edimburgo (Escócia), outra variante do coronavírus com um conjunto de mutações potencialmente preocupante foi detectada no Reino Unido e mais nove países, são eles: Dinamarca, Nigéria, EUA, França, Gana, Austrália, Canadá, Jordânia e Espanha.

A cepa recebeu o nome de B.1.525 e tem semelhanças em seu genoma com as variantes Kent e B117. A cepa também contém uma série de mutações, incluindo a mutação E484K na proteína S, uma proteína encontrada na parte externa do vírus que desenvolve um papel importante na fixação do vírus no corpo humano.

De acordo com professor de microbiologia celular, dr. Simon Clarke, a nova variante deve ser incluída nos esforços para impulsionar testes na busca pela identificação de novas cepas preocupantes com urgência.

"Ainda não sabemos quão bem essa [nova] variante se espalhará, mas se tiver sucesso, pode-se presumir que a imunidade de qualquer vacina ou infecção anterior será atenuada. Até que saibamos mais sobre essas variantes, quaisquer variantes que carreguem E484K devem ser submetidas a testes de onda, pois parece que conferem resistência à imunidade", disse Clarke citado pelo The Guardian.

A descoberta de que várias variantes compartilham as mesmas mutações, significa que ajustes nas atuais vacinas contra a COVID-19 devem ser feitos, e também precisam oferecer proteção contra as novas cepas.

"Uma das principais vantagens da vigilância genômica é pegar linhagens de potencial preocupação cedo, embora ainda com baixa frequência, para permitir uma avaliação rápida de seu impacto e prevalência em outras regiões do mundo", disse a dra. Lucy van Dorp, do Instituto de Genética da Universidade de Londres, citada pela mídia.

Enquanto as novas cepas aparecem, as investigações em torno do surgimento do novo coronavírus continuam a serem realizadas pela equipe da Organização Mundial da Saúde (OMS). Na segunda-feira (15), um dos principais líderes da missão, Peter Ben Embarek, em entrevista para CNN, confirmou que após análise de 13 novas sequências genéticas oriundas de Wuhan (China), se descobriu que variantes do vírus SARS-CoV-2 já existiam em dezembro de 2019, e que a COVID-19 pode ter sido bem mais ampla no seu começo do que se pensava.

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