Duas vacinas russas contra COVID-19 são eficazes contra nova cepa britânica do coronavírus

© Sputnik / Kirill Braga / Acessar o banco de imagensVacinação pela EpiVacCorona em Volgogrado, Rússia
Vacinação pela EpiVacCorona em Volgogrado, Rússia - Sputnik Brasil, 1920, 16.02.2021
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As vacinas russas contra COVID-19 são eficazes contra nova cepa britânica do coronavírus, informou o Centro Estatal de Pesquisa de Virologia e Biotecnologia Vektor.

Na terça-feira (16), o Centro Vektor confirmou oficialmente a eficácia das vacinas russas Sputnik V e EpiVacCorona contra a cepa britânica do coronavírus SARS-CoV-2, segundo informou a assessoria de imprensa do Serviço Federal de Defesa dos Direitos do Consumidores e Bem-Estar Humano da Rússia, Rospotrebnadzor.

Os especialistas do centro realizaram a pesquisa de comparação, usando soros de pessoas vacinadas com vacinas russas Sputnik V e EpiVacCorona e possuidoras de anticorpos contra o vírus.

Os soros dos vacinados neutralizaram eficazmente a variante britânica do coronavírus e variante sem mutações da cepa britânica, conforme o comunicado de imprensa.

O imunologista, doutor em ciências médicas e especialista em infecções perigosas, Vladislav Zhemchugov, afirmou que, devido às mutações constantes do vírus, é preciso estar pronto para mudar a vacina.

Anteriormente, o jornal The Guardian, citando pesquisadores da Universidade de Edimburgo, informou que mais uma cepa, chamada B1525, foi encontrada no Reino Unido. Conforme o jornal, nova cepa do vírus possui "um conjunto de mutações potencialmente preocupante". Em particular, os cientistas estão preocupados com a mutação E484K na proteína S que também está presente nas variantes do coronavírus do Brasil e da África do Sul, e torna o vírus mais resistente a anticorpos.

"Mutações virais ocorrem tão constantemente como as imagens de um caleidoscópio [mudam], sendo [estas mutações] incorporadas no mecanismo da síntese de seu material genético, no genoma. E as mutações, as mudanças, que são úteis para o vírus para sua reprodução acelerada ou lhe dão novas vias de transmissão, são apoiadas pela seleção natural", afirmou imunologista.

A criação da vacina, baseada nos elementos e construções do vírus, que são essenciais e menos vulneráveis ao processo de mutações, pode ajudar a prevenir as consequências de variabilidade do vírus, segundo o especialista.

"De acordo com algumas informações, a vacina EpiVacCorona do Centro Vektor abrange as moléculas essenciais e as mais conservadoras. Ela mostrou sua eficácia contra as cepas brasileira, sul-africana e britânica. Vamos esperar que seja eficaz também contra mutações seguintes. Mas é difícil prever tudo. É preciso estar pronto para mudar a vacina tão rápido como o vírus muda", comentou Zhemchugov.

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