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'No mundo todo não tem vacina': Bolsonaro defende ritmo de imunização no Brasil

© REUTERS / Bruno KellyProfissional de saúde aplica vacina CoronaVac em indígena da etnia Mura na terra indígena Rio Urubu, no Amazonas
Profissional de saúde aplica vacina CoronaVac em indígena da etnia Mura na terra indígena Rio Urubu, no Amazonas - Sputnik Brasil, 1920, 15.02.2021
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O presidente Jair Bolsonaro minimizou nesta segunda-feira (15) as críticas que o governo vem sofrendo pelo ritmo da vacinação contra a COVID-19 no país.

Segundo ele, em números absolutos o Brasil é um dos países do mundo com maior número de pessoas vacinadas. O presidente disse ainda que a falta de imunizantes é um problema global. 

"Não tem vacina, no mundo todo não tem vacina. Não é nós, é o mundo todo", disse Bolsonaro, segundo o jornal Folha de S.Paulo, após passeio de moto em São Francisco do Sul (SC), onde está passando o feriado de Carnaval.

O ritmo da aplicação de doses de imunizantes contra o coronavírus vem sendo criticado por especialistas. Caso mantenha o ritmo atual, o Brasil só conseguiria vacinar 70% da população em 2024. 

Embora o programa nacional de imunização do país seja considerado um dos melhores do mundo, o Brasil só deve acelerar o processo quando as vacinas começarem a ser produzidas em massa dentro do território nacional. 

A fabricação no Brasil atrasou em função da demora da chegada dos insumos necessários para a produção da CoronaVac, no Instituto Butantan, em São Paulo, e da vacina de Oxford, na Fiocruz, no Rio de Janeiro. 

'Cheque de R$ 20 bilhões' para vacina

Bolsonaro disse ainda que tem um "cheque de R$ 20 bilhões" para comprar vacinas contra a COVID-19. 

"Eu sempre falei: uma vez a Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] liberando, eu compraria. Tanto é que eu tenho, entre aspas, um cheque de R$ 20 bilhões para comprar vacina, a medida provisória que eu assinei agora, em dezembro do ano passado", afirmou. 

O presidente disse ainda que o governo não está "desestimulando" a vacinação no Brasil, embora tenha ressaltado que, na sua opinião, a imunização deveria ser opcional. 

"Tem estados americanos que pararam de fazer a vacina, é isso mesmo? Califórnia parou obviamente por que não tem, né? Ninguém tá negando a vacina e desestimulando. E pra mim, no que depender de mim, ela é opcional, não obrigatória", disse.

'Sem estar prescrito em bula'

Além disso, o presidente defendeu mais uma vez que médicos possam receitar remédios que não tenham indicação científica comprovada contra a COVID-19. 

"Agora, os médicos devem ter o direito, sem pressão de ninguém, de exercer aquela, a sua liberdade de receitar algo para uma doença, no caso, sem estar prescrito em bula. Porque é ainda uma doença que não tem remédio definido para tal", disse. 

2,5% da população

O número de pessoas que receberam a primeira dose de vacina contra o coronavírus no Brasil é de 5.285.981, segundo levantamento feito por consórcio de imprensa para acompanhar a imunização no país. 

O número representa 2,5% da população brasileira. A segunda dose já foi aplicada em 256.813 pessoas, o que representa apenas 0,12% da população brasileira. 

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