Guarda Revolucionária do Irã recebe 340 lanchas rápidas lançadoras de mísseis (VÍDEO)

© AP Photo / Hasan ShirvaniLancha do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica passa junto do petroleiro Stena Impero, com bandeira do Reino Unido, no porto de Bandar Abbas, Irã, 21 de julho de 2019
Lancha do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica passa junto do petroleiro Stena Impero, com bandeira do Reino Unido, no porto de Bandar Abbas, Irã, 21 de julho de 2019 - Sputnik Brasil, 1920, 08.02.2021
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A grande frota de pequenas lanchas armadas com mísseis e metralhadoras de Teerã tem se tornado uma fonte de problemas para os EUA, com o anterior presidente Donald Trump ameaçando afundar as embarcações.

A Marinha do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) recebeu cerca de 340 novas lanchas rápidas de combate para operações nas águas do sul do país, informa a agência Mehr.

Durante uma cerimônia na segunda-feira (8) na cidade de Bandar Abbas, localizada na margem do estreito estratégico de Ormuz, Mohammad Bagheri, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Irã, disse que "com tais características como agilidade, alta manobrabilidade, alto poder de fogo, furtividade, na medida do possível, e muitas outras características, a lancha rápida desempenha um papel insubstituível no mar".

"Construir e usar uma lancha rápida não é algo que outros países não possam fazer, mas o fator que faz desta pequena embarcação um poder insubstituível é um [marinheiro] competente que é responsável por defender e atacar o inimigo", afirmou Bagheri.

O comandante continuou elogiando as crescentes capacidades da Marinha iraniana em mísseis, minas, submarinos e combate de superfície e salientou a importância de o Irã assegurar suas fronteiras marítimas na região do golfo Pérsico.

"A existência de mais de dois terços das reservas mundiais de combustíveis fósseis e o transporte de 20% desses recursos através do estreito de Ormuz tornaram a segurança da população desta região uma questão de grande importância. A Marinha do IRGC tem sido capaz de cumprir sua responsabilidade pela segurança na região", disse Bagheri.

Além de Bagheri, a cerimônia contou com a presença de Hossein Salami, comandante do IRGC, e de Ali Reza Tangsiri, comandante da Marinha do IRGC, bem como outros responsáveis governamentais e militares.

Segurança militar da região

A indústria de defesa do Irã aperfeiçoou a criação de pequenas lanchas rápidas de ataque, com uma variedade de projetos desenvolvidos para maximizar as propriedades hidrodinâmicas das embarcações, reduzir sua seção transversal de radar, permitir a aceleração a velocidades de até 90 nós (mais de 165 km/h) e proporcionar grande poder de fogo com uso de lançadores de foguetes ou mísseis a bordo.

A Marinha da Guarda Revolucionária recebeu mais 112 lanchas de várias classes em maio de 2020, em meio à escalada de tensões com Washington.

A costa do Irã inclui aproximadamente 1.700 quilômetros de águas costeiras no golfo Pérsico e no golfo de Omã, e o país contribuiu com recursos militares e diplomáticos substanciais para defender a área altamente movimentada de incursões estrangeiras.

"O Irã enviou várias vezes mensagens aos Estados litorâneos do golfo Pérsico de que esta região pertence aos Estados litorâneos do golfo Pérsico, e nós somos capazes de estabelecer segurança através da simpatia entre os Estados vizinhos da região", referiu Tangsiri durante o discurso.

Pano de fundo das hostilidades

Após as tensões aumentarem a níveis históricos entre o Irã e os EUA durante a administração Trump (2017-2021), Irã expressou otimismo cauteloso de que a nova administração Biden procuraria amenizar as tensões e voltar a aderir ao acordo nuclear, ou seja, ao Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês) abandonado por Trump em 2018.

No entanto, no domingo (7) o presidente Biden indicou que os EUA não levantariam suas sanções contra Teerã até que o país suspendesse suas atividades de enriquecimento de urânio e voltasse a suas obrigações conforme os termos do JCPOA.

As autoridades iranianas, por sua vez, argumentam que foram os norte-americanos que abandonaram seus compromissos com o tratado, e por isso é Washington que deveria dar os primeiros passos para voltar a aderir ao mesmo, inclusive levantando todas as restrições contra o Irã.

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