Autoridades do Haiti afirmam ter frustrado golpe para derrubar presidente Moïse

© AP Photo / Dieu Nalio Chery Presidente do Haiti, Jovenel Moise, em desfile com as Forças Armadas do Haiti.
Presidente do Haiti, Jovenel Moise, em desfile com as Forças Armadas do Haiti. - Sputnik Brasil, 1920, 08.02.2021
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O presidente do Haiti Jovenel Moïse anunciou neste domingo (7) que a polícia prendeu mais de 20 pessoas que tinham a intenção de assassiná-lo para derrubar seu governo, incluindo um juiz da Suprema Corte.

Moïse discursou no aeroporto da capital Porto Príncipe, ao lado do primeiro-ministro e do chefe de polícia, enquanto se preparava para embarcar em um voo rumo à cidade de Jacmel para participar da cerimônia de inauguração do carnaval no país, que será celebrado mesmo com a pandemia de coronavírus.

"Era uma tentativa de acabar com a minha vida'', disse Moïse, segundo a agência de notícias Associated Press.

O presidente do Haiti afirmou que os supostos planos de golpe de Estado começaram em 20 de novembro de 2020, mas não apresentou qualquer detalhe ou provas. Moïse, no entanto, apontou que entre os detidos está um juiz e um inspetor-geral da polícia, e acrescentou que outros oficiais do primeiro escalão ofereceriam mais informações.

Meu governo recebeu do povo haitiano um mandato constitucional de 60 meses. Já esgotamos 48. Os próximos 12 meses serão dedicados à reforma do setor energético, à realização do referendo e à organização das eleições.

Mais tarde, o primeiro-ministro Joseph Joute assinalou que as autoridades encontraram diversas armas e um discurso que o juiz da Suprema Corte Yvickel Dabrezil teria preparado para fazer quando assumisse a presidência de forma interina. Dabrezil é um dos três juízes que contam com apoio da oposição para assumir o comando do país de forma provisória.

Além disso, o ministro da Justiça Rockefeller Vincent acusou um inspetor-geral da polícia de manter contato com oficiais de segurança do alto escalão no Palácio Nacional sobre um suposto plano para prender o presidente.

A oposição haitiana tem convocado protestos no país ao insistir que o mandato de cinco anos de Moïse terminou hoje (7), enquanto o presidente afirma que deverá permanecer no cargo até fevereiro de 2022, pois alega que o primeiro ano de seu mandato foi ocupado por um governo interino.

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