Cientistas explicam 2 causas possíveis da reinfecção por SARS-CoV-2

© REUTERS / John SibleyHomem usando máscara de proteção passa pela fila para vacinação contra a COVID-19, Londres, Reino Unido, 22 de janeiro de 2020
Homem usando máscara de proteção passa pela fila para vacinação contra a COVID-19, Londres, Reino Unido, 22 de janeiro de 2020 - Sputnik Brasil, 1920, 05.02.2021
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Médicos dos EUA que observaram casos de reinfecção entre pacientes recuperados da COVID-19 acreditam que há duas causas possíveis: a reinfecção devido ao sistema imunológico fraco e a reativação do vírus remanescente no corpo.

Cientistas norte-americanos da Escola de Medicina da Universidade de Yale, EUA, descreveram o caso de um paciente, recuperado da COVID-19 que, depois de quatro meses sem ter sintomas e uma série de testes PCR negativos, ficou infetado de novo, segundo estudo publicado na revista BMJ Case Reports.

O homem de 40 anos tinha sido hospitalizado pela primeira vez em abril de 2020. Apresentava dificuldade respiratória, acompanhada por sibilos.

O paciente tinha um histórico de diversos fatores agravantes - diabetes tipo 2, insuficiência da tiróide e obesidade. No hospital, a dificuldade respiratória se agravou, por isso passou para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), tendo sido medicado com anticoagulantes e outros remédios usados para tratar a COVID-19.

Durante os dois meses que o paciente esteve no hospital, sofreu sérias complicações: infecção por Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA), sangramento gastrointestinal, pneumonia associada à ventilação mecânica e insuficiência renal. Mas ele acabou se recuperando e recebeu alta.

Nos três meses seguintes, o homem fez três testes para a COVID-19, todos negativos. Quatro meses depois, em agosto de 2020, outro teste PCR deu positivo para o SARS-CoV-2 e, mais duas semanas depois, o homem foi hospitalizado com dispneia após ter vários episódios de asma em casa. Neste caso, a doença foi mais leve e o paciente passou apenas uma semana no hospital.

O homem explicou aos médicos que, depois da recuperação da COVID-19 quase não comunicou com ninguém além dos familiares próximos, nenhum deles teve sintomas do coronavírus ou teste positivo.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos indicam em suas diretrizes que um resultado positivo do teste PCR 90 dias após a primeira infecção significa mais a secreção de restos do vírus do que a reinfecção.

No entanto, como passou muito mais tempo desde a infecção inicial, os pesquisadores concluem que o paciente teve dois episódios separados de infecção, mas que no segundo caso a doença foi mais leve devido à imunidade residual da primeira infecção.

"Com a progressão da pandemia da COVID-19, aparecem mais relatos mostrando que a reinfecção com o SARS-CoV-2 é possível, portanto um teste positivo para o SARS-CoV-2 não indica necessariamente uma excreção persistente do vírus durante um longo período de tempo", indicam os autores do estudo.

O Brasil já registrou 9.396.293 casos, 228.795 mortes e 8.366.197 pacientes recuperados da COVID-19. No mundo há 104.886.168 casos confirmados, 2.284.686 óbitos e 58.322.664 recuperados.

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