Notório think tank americano publica estratégia de como conter China

© AP Photo / Marinha dos EUA / Especialista de comunicação em massa de 2ª classe Kaila V. PetersNavios dos EUA e Japão realizando exercícios no mar do Sul da China
Navios dos EUA e Japão realizando exercícios no mar do Sul da China - Sputnik Brasil
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Os EUA acusaram a China de escalar as tensões no mar do Sul da China em meio a exercícios militares na região. Tal declaração foi feita após um notório grupo de lobby pró-OTAN ter publicado uma proposta, de autoria anônima, para um conflito de longo prazo com Pequim.

O Comando Indo-Pacífico dos EUA (PACOM, na sigla em inglês) anunciou no fim da tarde de sexta-feira (29) que os voos militares chineses ocorridos na semana passada "em nenhum momento" representaram qualquer ameaça para os navios, marinheiros ou aeronaves da Marinha dos EUA, segundo um comunicado citado pela Reuters.

Para além disso, um responsável oficial, falando sob condição de anonimato, disse que os aviões de guerra chineses nunca se aproximaram mais que 250 milhas náuticas (463 quilômetros) do grupo de ataque do porta-aviões americano USS Theodore Roosevelt, atualmente posicionado no mar do Sul da China.

Embora o PACOM tenha descrito a atividade militar chinesa como parte de um "padrão de comportamento agressivo e desestabilizador", Pequim declarou, no início desta semana, que a presença de navios dos EUA no mar do Sul da China "não era propícia à paz e estabilidade na região."

Na quinta-feira (28), no entanto, um dos principais think tanks da política dos EUA publicou um longo artigo que defendia uma abordagem Guerra Fria 2.0 à China, com o objetivo final de preservar a hegemonia global de Washington e garantir uma "mudança de regime" em Pequim.

O artigo é, basicamente, uma adaptação do Longo Telegrama de George Kennan de 1946, no qual estaria descrita a estratégia de "contenção" da União Soviética que os EUA deveriam adotar no ano seguinte, durante o início da Guerra Fria.

Este "Telegrama Mais Longo" apela aos EUA para fazerem o mesmo no que toca à China, de modo a que pelo ano de 2050 os EUA e seus aliados "continuem a dominar a balança de poder regional e global", ao mesmo tempo que impedem a China de tomar Taiwan ou de realizar "qualquer outra forma de ação militar para atingir seus objetivos regionais". Ele também expressa a esperança, por parte dos autores do artigo, de que o presidente chinês atual, Xi Jinping, seja "substituído por uma liderança partidária mais moderada".
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