Um soldado dos EUA foi preso na terça-feira (19) por dizer que queria ajudar o Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e vários outros países) a atacar o memorial do 11 de setembro, em Nova York, e por tentar ajudar a organização terrorista a identificar soldados dos EUA no Oriente Médio, afirma a emissora NBC, que cita autoridades envolvidas no caso.
Cole James Bridges, 20, de Stow, no estado norte-americano de Ohio, de acordo com as fontes da mídia, teria entrado em um fórum on-line e conversado com uma pessoa que ele pensava ser do Daesh, mas era, na verdade, um agente secreto do Departamento Federal de Investigação (FBI, na sigla em inglês) dos EUA.
Bridges foi preso sob a acusação de tentativa de fornecer apoio material uma organização terrorista e tentativa de assassinar membros do serviço militar dos EUA. O soldado pode pegar até 40 anos de prisão.
"Quando qualquer soldado tenta fornecer informações confidenciais a um adversário, é uma traição ao juramento que fizeram aos EUA e ao dever para com seus colegas soldados", afirmou um porta-voz do Exército norte-americano.
Apoio ao Daesh desde 2019
Bridges, que ingressou no Exército em setembro de 2019, começou a "pesquisar e consumir propaganda on-line promovendo jihadistas e sua ideologia violenta", e expressar seu apoio ao Daesh nas redes sociais a partir daquele ano, relata a mídia, que teve acesso à queixa criminal contra o soldado.
Em outubro de 2020, ele começou a falar com um agente do FBI disfarçado que se fazia passar por um apoiador do Daesh em contato com combatentes no Oriente Médio. Bridges expressou sua frustração com o Exército norte-americano e deu indicações ao agente secreto para atacar nos EUA, "incluindo conselhos sobre alvos em potencial na cidade de Nova York, como o Memorial do 11 de setembro". O memorial é localizado onde ficavam as torres do World Trade Center, que foram destruídas nos ataques de 11 de setembro de 2001, que deixaram 2.977 mortos.
Em dezembro do ano passado, Bridges começou a fornecer ao agente instruções para os combatentes do Daesh atacarem as Forças Armadas dos EUA no Oriente Médio. Em um caso, o soldado disse ao agente como conectar alguns edifícios com explosivos para matar as tropas dos EUA, relatam as autoridades. Bridges também enviou, já em janeiro de 2021, um vídeo dele com uma armadura, em pé na frente de uma bandeira do Daesh e fazendo um gesto simbólico de apoio à organização terrorista.
Bridges deve comparecer ao tribunal federal da Geórgia nesta quinta-feira (21).