Presidente da Bolívia anuncia reativação de projeto de usina nuclear em parceria com Rússia

© AP Photo / Juan KaritaPresidente da Bolívia Luis Arce durante a cerimônia de inauguração em La Paz, 8 de novembro de 2020
Presidente da Bolívia Luis Arce durante a cerimônia de inauguração em La Paz, 8 de novembro de 2020 - Sputnik Brasil
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O projeto nuclear foi iniciado durante o governo de Evo Morales (2006-2019). O programa dará origem ao maior centro de pesquisa nuclear para fins pacíficos do mundo, de acordo com a Rosatom.

O presidente da Bolívia, Luis Arce, anunciou na terça-feira (19) a reativação do projeto de um Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Tecnologia Nuclear em parceria com a Corporação Estatal de Energia Nuclear da Rússia (Rosatom), que foi interrompido pelo governo de transição de Jeanine Áñez.

"Recebemos representantes da Corporação Estatal Atômica da Federação da Rússia. Reativaremos o projeto do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Tecnologia Nuclear para fortalecer a luta contra o câncer e melhorar nossa produção agrícola", escreveu Arce em sua conta oficial no Facebook.

O presidente boliviano não deu mais detalhes sobre a reunião.

Projeto parado

O programa de US$ 300 milhões (aproximadamente R$ 1,6 bilhão) na cidade de El Alto, perto da capital La Paz, dará origem ao maior centro de pesquisa nuclear para fins pacíficos do mundo, de acordo com a Rosatom.

A obra está paralisada desde o primeiro trimestre de 2020, apesar do anúncio do governo de Áñez e da corporação russa de que o complexo vai começar a fincionar em 2023.

O complexo contará com uma unidade de ciclotron e radiofarmácia, uma planta de irradiação de alimentos e outros produtos principalmente para o mercado internacional, além de um reator nuclear para pesquisa e capacitação profissional.

© Sputnik / Sergei Mamontov / Acessar o banco de imagensCorporação russa de tecnologia nuclear Rosatom
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Corporação russa de tecnologia nuclear Rosatom

Os radiofármacos serão utilizados pelos três centros de medicina nuclear que a Agência Boliviana de Energia Nuclear (ABEN) está construindo simultaneamente, com tecnologia argentina. Esses projetos foram paralisados ​​em fevereiro do ano passado pelo diretor da ABEN durante a gestão de Áñez, Juan Alfredo Jordán, que denunciou algumas cláusulas do contrato entre a Bolívia e a Rosatom como violações constitucionais.

Jordán foi demitido antes da visita de executivos da corporação russa em abril passado, quando foi anunciada continuidade do projeto.

O projeto nuclear foi iniciado durante o governo de Evo Morales (2006-2019). O governo Arce já havia anunciado a reativação de uma indústria petroquímica, também paralisada pelo governo Áñez.

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