Médicos não conseguem explicar paralisia facial após aplicação da vacina da Pfizer

© AFP 2023 / Eva Marie UzcateguiVacina contra COVID-19 da Pfizer/BioNTech
Vacina contra COVID-19 da Pfizer/BioNTech - Sputnik Brasil
Nos siga no
A paralisia do nervo facial após aplicação da vacina da Pfizer/BioNTech é uma complicação rara e pouco duradoura, mas as causas desse efeito colateral permanecem desconhecidas, explicou à Sputnik o médico israelense Leonid Eidelman.

"É uma complicação muito rara. Não temos ideia de sua causa, não sabemos por que [a paralisia] está se desenvolvendo. A própria paralisia facial, sem ligação com a vacina, resulta de motivos que não conhecemos. Também não está claro por que a paralisia está ocorrendo após a dose da vacina", afirmou à Sputnik o médico israelense Leonid Eidelman, ex-presidente da Associação Médica Mundial.

Segundo o médico, esta complicação passa rapidamente na maioria das pessoas, observando que em alguns indivíduos, no entanto, demora mais tempo para passar.

"Na esmagadora maioria, ela [a paralisia] está passando bastante rápido, mas é possível que haja casos, extremamente raros, com ela [a complicação] permanecendo até certo ponto: haverá melhorias, mas não totalmente", informou Eidelman.

O médico israelense também explicou como o tratamento da paralisia do nervo facial estaria relacionado aos níveis de anticorpos após a injeção.

"Regra geral, com essa doença, damos corticosteroides ou glicocorticosteroides aos pacientes, e eles [corticosteroides ou glicocorticosteroides] ajudam. Mas o problema aqui é que essa complicação que acompanha a vacina leva à imunossupressão quando esses medicamentos são tomados, e não fica claro que efeito [dos medicamentos] terá sobre o desenvolvimento de anticorpos e para a imunidade dessas pessoas [pacientes]. No entanto, este tratamento, geralmente, é eficaz", acrescentou Eidelman.

No início desta semana, a mídia israelense relatou, citando autoridades do Ministério da Saúde, que pelo menos 13 israelenses sofreram paralisia facial leve após a primeira dose da vacina Pfizer.

O governo israelense assinou um acordo com a Pfizer e a BioNTech em novembro do ano passado para compra de oito milhões de doses da vacina contra COVID-19. Mais de 20% da população israelense de nove milhões já recebeu, até agora, a primeira dose da vacina desde o início da vacinação. Pelo menos dois israelenses idosos, e com doenças crônicas subjacentes, morreram após serem vacinados.

Feed de notícias
0
Para participar da discussão
inicie sessão ou cadastre-se
loader
Bate-papos
Заголовок открываемого материала