Irã agenda 'jogos de guerra' no golfo de Omã 1 dia antes da tomada de posse de Joe Biden (VÍDEO)

© REUTERS / Agência de notícias WanaEmbarcação iraniana dispara míssil durante exercício militar no golfo de Omã
Embarcação iraniana dispara míssil durante exercício militar no golfo de Omã - Sputnik Brasil
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O Irã agendou manobras militares no golfo de Omã para esta terça-feira (19), um dia antes da tomada de posse de Joe Biden como presidente dos EUA.

O comandante da Força Terrestre do Exército, general Kiomars Heidari, disse à agência Tasnim na segunda-feira (18) que os exercícios começariam na terça-feira (19) nos arredores da cidade portuária de Makran, perto da fronteira com o Paquistão.

"O alvo principal do jogo de guerra é avaliar a mobilidade e o potencial ofensivo das brigadas e corpos de reação rápida, bem como das unidades móveis de ataque da Força Terrestre do Exército", disse o general Heidari.

O militar adicionou que os exercícios treinariam "uma resposta rápida e decisiva" para ameaças hostis e simulariam grandes ataques na hipotética costa inimiga. No sábado (16), o Irã testou mísseis balísticos, atingindo alvos marítimos a 1.800 quilômetros de distância através do golfo de Omã, no oceano Índico.

O Irã realiza exercícios militares anuais. Algumas práticas anteriores aconteceram em 2017, no início de fevereiro, dias após o presidente norte-americano Donald Trump ter imposto sanções contra Teerã, uma vez que saiu do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês) com o Irã assinado por seu predecessor Barack Obama.

O golfo de Omã fica ao leste do estreito de Ormuz, o estreito canal que leva ao golfo Pérsico entre o Irã e Omã. Ao oeste, o golfo se abre para o mar Arábico, sendo a rota marítima entre o Iêmen, a Índia e a África Oriental.

O Irã suporta o movimento iemenita houthi contra a coalizão de nove nações chefiadas pela Arábia Saudita na guerra que já dura seis anos.

As tensões entre Teerã e Washington cresceram novamente nos recentes meses, após o assassinato do físico nuclear Mohsen Fakhrizadeh em 27 de novembro de 2020, supostamente por agentes israelenses.

No início deste mês, o presidente cessante Donald Trump ordenou que o porta-aviões USS Nimitz ficasse na região mesmo tendo recebido ordens para regressar aos EUA após uma missão no largo da Somália, ao sul do Iêmen.

Neste fim de semana, dois bombardeiros estratégicos norte-americanos B-52 sobrevoaram Israel e o golfo Pérsico, durante a "segunda patrulha de presença do Oriente Médio de 2021" de Washington, provocando resposta severa do chanceler iraniano Javad Zarif.

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