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Fiocruz adia entrega de vacina de Oxford de fevereiro para março

© Folhapress / Érica Martin/EnquadrarFachada da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, que produzirá vacina de Oxford contra coronavírus no Brasil
Fachada da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, que produzirá vacina de Oxford contra coronavírus no Brasil - Sputnik Brasil
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A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) justificou o adiamento pela falta de um insumo vindo da China, necessário para iniciar a produção do imunizante no Brasil.

Por meio de um ofício enviado ao Ministério Público Federal (MPF), a entidade comunicou sobre o atraso na entrega da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e o laboratório britânico AstraZeneca. 

O imunizante recebeu aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial no domingo (17). No entanto, não há doses prontas no Brasil e nem matéria-prima para produzir a vacina.

Para a fabricação do imunizante é preciso o composto farmacêutico ativo (IFA), insumo que vem da China. Inicialmente, a previsão para chegada do composto era dezembro.

A Fiocruz ainda acredita que o material possa estar disponível neste sábado (23), mas não há confirmação disso e a China precisa liberar a saída do composto.

A meta inicial da entidade era ter o primeiro lote da vacina por volta de 8 de fevereiro. No comunicado da Fiocruz ao MPF, no entanto, a instituição pede mais um mês para que as doses fiquem prontas. 

"Estima-se que as primeiras doses da vacina sejam disponibilizadas ao Ministério da Saúde em início de março de 2021, partindo da premissa de que o produto final e o IFA apresentarão resultados de controle de qualidade satisfatórios, inclusive pelo INCQS (Instituto Nacional de Controle da Qualidade em Saúde)", diz o ofício da fundação, assinado pelo diretor do Instituto Biomanguinhos, Mauricio Zuma Medeiros, segundo publicado pelo Estadão.

Lote empacado na Índia

A fundação planejava entregar um milhão de doses entre os dias 8 e 12 de fevereiro. A partir de 22 de fevereiro, seriam disponibilizadas 700 mil doses diariamente. Com isso, o Brasil teria ao menos 5,9 milhões de doses garantidas para o mês que vem. Apesar do atraso, a Fiocruz ainda planeja entregar "50 milhões de doses até abril deste ano, 100,4 milhões até julho e mais 110 milhões ao longo do segundo semestre, totalizando 210,4 milhões de vacinas em 2021". 

O documento enviado pela Fiocruz foi uma resposta a um ofício do MPF questionando sobre as datas de entrega das duas milhões de doses prontas que serão trazidas da Índia e da parcela que será fabricada no Brasil pela Fiocruz.

O governo federal negociou a compra de doses prontas do imunizante, que seriam trazidas do laboratório Serum, na Índia. As autoridades indianas, no entanto, ainda não autorizaram a saída do lote.

"No presente momento, não é possível precisar a data de chegada das doses da vacina Covishield aqui no Brasil. Isto porque, embora a carga contendo essas doses já esteja disponível, negociações diplomáticas, entre os governos da Índia e do Brasil, ainda se encontram pendentes de ajuste final para autorização do processo de envio para o Brasil", afirma a nota da Fiocruz.

A produção da vacina no país ainda depende do registro de uso definitivo concedido pela Anvisa. A previsão é de que uma reunião com o órgão para tratar do tema seja agendada nesta semana. Até o momento, a agência autorizou apenas o uso emergencial da vacina de Oxford e da CoronaVac. 

O governo apostou suas fichas no uso do imunizante da AstraZeneca, mas, até o momento, a campanha de vacinação começou apenas com a aplicação de doses da CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês SinoVac. 

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