Conforme um amigo da família – que pediu para não ser identificado – Emad Shargi teria sido chamado ao tribunal em 30 de novembro, acabando condenado, segundo a agência Bloomberg.
Shargi foi detido tentando sair do Irã em 6 de dezembro do ano passado, após ter sido liberado sob fiança devido a acusações de espionagem e "recolha de inteligência militar", reportou o grupo governamental Clube de Jovens Jornalistas (YJC, na sigla em inglês) na semana passada.
O YJC referenciou várias ligações do suspeito a um fundo de capital de risco no Irã chamado Sarava, que deveria estar por trás de várias companhias de e-commerce no país.
A detenção de Emad Shargi toma lugar no momento em que Joe Biden se prepara para assumir o cargo de presidente nos EUA e, assim, trabalhar para acalmar as tensões com o Irã, e reativar o acordo nuclear de 2015.
Sarava, por sua vez, divulgou um comunicado em seu site em 15 de janeiro, dizendo que o caso de Shargi não teria nada a ver com a empresa, e que ele deixou o grupo ainda em 2018.
De acordo com o amigo da família em anonimato, Shargi voltou ao Irã com sua esposa em 2016, após terminar seus estudos nos EUA. Ele foi preso pela primeira vez em abril de 2018 e encarcerado por cerca de sete meses, disse o amigo, acrescentando que os seus passaportes foram retidos por autoridades desde dezembro de 2019, conta a mídia americana.