Maduro denuncia 'guerra geopolítica' por vacinas contra COVID-19

© AP Photo / Matias DelacroixNicolás Maduro, presidente da Venezuela, usa máscara protetora ao chegar em coletiva de imprensa no Palácio Presidencial de Miraflores, Caracas, Venezuela, 8 de dezembro de 2020
Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, usa máscara protetora ao chegar em coletiva de imprensa no Palácio Presidencial de Miraflores, Caracas, Venezuela, 8 de dezembro de 2020 - Sputnik Brasil
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O chefe do Executivo da Venezuela criticou a falta de vacinas recebidas por países da América Latina e algumas outras regiões do mundo, razão pela qual Caracas está tomando medidas para a combater.

Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, disse que há uma guerra no mundo por vacinas, o que resultou em 95% das vacinas serem deixadas nas mãos de dez países.

"Uma guerra geopolítica por vacinas. A OMS disse que 95% das vacinas, neste momento, caíram nas mãos de dez países, o que significa que há 190 países no mundo que não tiveram o direito de ter as vacinas", declarou Maduro durante uma transmissão da emissora estatal Venezolana de Televisión.

O presidente venezuelano observou que os países da América Latina, Caribe, África e Ásia foram deixados desprotegidos, o que na sua opinião "desnuda o sistema global injusto que existe".

Por esta razão, ele disse que a Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA, na sigla em espanhol) está trabalhando na criação de um banco de vacinas, medicamentos e suprimentos para enfrentar a pandemia da COVID-19.

"Estamos fazendo um banco de vacinas da ALBA, me disse a vice-presidente executiva [Delcy Rodríguez], que estava em Cuba em visita oficial. Ela estava levando uma proposta para criar um banco de vacinas, a fim de atender às necessidades de vacinas de todos os países da ALBA e outros países da América Latina e do Caribe que podemos ajudar", explicou.

As vacinas, disse Maduro, "são uma esperança para o mundo", mas advertiu que elas ainda precisam ser aperfeiçoadas para se tornarem uma solução definitiva.

"A vacina é sem qualquer dúvida uma esperança [...] Eu não quero ser um despojo para ninguém, mas é verdade que as vacinas são uma esperança das quais vamos colher frutos, e serão aperfeiçoadas ao longo dos anos. Certamente a vacina contra o coronavírus de três a cinco anos será mais eficaz, e a proteção em dez anos será ainda mais eficaz", disse ele.

Durante seu discurso, o chefe de Estado também se referiu ao sucesso que o sistema nacional chamado 7+7 teve na redução de infecções, que consiste em uma semana de distanciamento social por mais uma semana de flexibilidade.

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