"Apesar de não serem intercontinentais, estes mísseis elevam a estabilidade do complexo de mísseis e armas nucleares da Coreia do Norte por sua furtividade, além de poderem alcançar as bases norte-americanas no Japão e Coreia do Sul", afirmou à Sputnik Murakhovsky.
O especialista observou que os submarinos a diesel de Pyongyang limitam o alcance de operação destes mísseis.
"Não faz sentido para Pyongyang pensar em uma guerra, embora conte com a expansão da frota de aviões. A Coreia do Norte quer evitar ser exterminada e busca avançar com suas próprias forças", ressaltou.
Quanto ao programa de mísseis da Coreia do Norte, Murakhovsky destacou avanços alcançados nos últimos anos passando de projéteis táticos de curto alcance a mísseis intercontinentais, incluindo ogiva nuclear.
Segundo o especialista, o país asiático planeja o desenvolvimento de mísseis balísticos intercontinentais com um alcance de 15 mil quilômetros.
"Os êxitos da Coreia do Norte são colossais [...]. Levando em consideração que a Coreia do Norte possui com certeza cargas nucleares, de fato, isso constitui não apenas uma ameaça balística, mas uma ameaça nuclear para a Coreia do Sul, Japão e as bases militares norte-americanas na região. Porém, com o projeto de novos mísseis balísticos, a ameaça continua sendo ao território continental dos EUA", alertou.
De acordo com Murakhovsky, a recusa de os EUA e aliados em atacar a Coreia do Norte no período de tensões elevadas em suas relações demonstra que Seul, Tóquio e Washington consideram os sinais de poder de Pyongyang.