EUA proíbem todo algodão e produtos de tomate da região chinesa de Xinjiang

© AP Photo / Eugene HoshikoTrabalhador colhe algodão cru em uma área de cultivo de algodão no noroeste da China, na região autônoma de Xinjiang
Trabalhador colhe algodão cru em uma área de cultivo de algodão no noroeste da China, na região autônoma de Xinjiang - Sputnik Brasil
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Com as novas sanções desta quarta-feira (13), os Estados Unidos iniciam uma proibição em todos os produtos de algodão e tomate da região Xinjiang, na China.

Os EUA alegam que as mercadorias são feitas com trabalho forçado de muçulmanos uigures detidos em campos de concentração. A China, por sua vez, já classificou essa acusação norte-americana como fake news e a "mentira do século".

A ação norte-americana se aplica a roupas e têxteis feitos de algodão cultivado em Xinjiang, assim como produtos alimentícios à base de tomate e sementes da região. A proibição, conhecida como ordem de liberação retida, também se aplica a produtos processados ​​ou fabricados em países terceiros, escreve o New York Times.

A Agência de Proteção de Fronteiras e Alfândega dos Estados Unidos (CBP, na sigla em inglês) estima que cerca de US$ 9 bilhões (cerca de R$ 47,6 bilhões) em produtos de algodão, e US$ 10 milhões (cerca de (R$ 52,9 milhões) em produtos de tomate foram importados para os EUA no ano passado.

​"As importações feitas de forma barata com o uso de trabalho forçado prejudicam as empresas americanas que respeitam os direitos humanos e também expõem os consumidores desavisados ​​a compras antiéticas", acrescentou a agência.

Vice-secretário do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos, Kenneth Cuccinelli disse que a ordem envia uma mensagem aos importadores de que "os EUA não tolerará trabalho forçado de qualquer tipo", e as empresas norte-americanas devem erradicar os produtos de Xinjiang de suas cadeias de abastecimento.

O Departamento de Estado dos EUA sustenta que mais de um milhão de uigures, assim como membros de outros grupos minoritários muçulmanos, foram detidos em uma ampla rede de campos de internamento em Xinjiang.

As mudanças promovidas pelo Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos devem promover um impacto no maior produtor de algodão da China, o Corpo de Produção e Construção de Xinjiang (XPCC, na sigla em inglês).

© AP Photo / Ng Han GuanTorre de guarda e cercas de arame farpado ao redor de uma instalação no Parque Industrial de Kunshan em Artux, região de Xinjiang, um dos crescentes campos de concentração na região. Estima-se que 1 milhão de muçulmanos foram detidos, sujeitos a doutrinação política, forçados a desistir da língua materna e religião.
EUA proíbem todo algodão e produtos de tomate da região chinesa de Xinjiang - Sputnik Brasil
Torre de guarda e cercas de arame farpado ao redor de uma instalação no Parque Industrial de Kunshan em Artux, região de Xinjiang, um dos crescentes campos de concentração na região. Estima-se que 1 milhão de muçulmanos foram detidos, sujeitos a doutrinação política, forçados a desistir da língua materna e religião.

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