Porta-voz da Câmara dos EUA planeja prosseguir com impeachment se Pence não remover Trump, diz CNN

© REUTERS / Cheriss MayPresidente dos EUA, Donald Trump, segue em direção ao helicóptero presidencial, na Casa Branca, Washington, EUA, 12 de dezembro de 2020
Presidente dos EUA, Donald Trump, segue em direção ao helicóptero presidencial, na Casa Branca, Washington, EUA, 12 de dezembro de 2020  - Sputnik Brasil
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Democratas da Câmara dos Representantes dos EUA estão preparados para prosseguir com o impeachment do presidente Donald Trump já na próxima semana, após a invasão do Capitólio pelos seus partidários.

A possibilidade de impeachment de Trump foi defendida pela porta-voz da Câmara dos Representantes, Katherine Clark, falando à emissora de TV CNN.

"Donald Trump precisa ser afastado do cargo e vamos prosseguir com todas as ferramentas que temos para garantir que isso aconteça, a fim de protegermos nossa democracia", disse Clark.

Além disso, a autoridade disse que o recurso ao impeachment será usado caso o vice-presidente Mike Pence não invoque a 25ª emenda da Constituição dos EUA para afastar Trump.

Clark também disse que o processo de impeachment poderia ser aprovado com rapidez:

"O Congresso pode agir muito rápido quando eles [os congressistas] querem", acrescentou.

Ontem, quinta-feira (7), o senador democrata Chuck Schumer conclamou a administração Trump a destituir o presidente do seu cargo imediatamente, afirmando que ele "não deveria ficar no cargo nem mais um dia sequer".

Além disso, Schumer também defendeu o impeachment caso o gabinete de Trump não o afaste.

Gabinete discutiu afastar Trump do poder

Ainda segundo o canal de TV CNBC, os secretários de Defesa Mike Pompeo e do Tesouro, Steven Mnuchin, tiveram conversações informais com suas secretarias sobre a 25ª emenda.

Contudo, um processo iniciado pelo gabinete levaria mais de uma semana, não surtindo nenhum efeito imediato, visto que a posse de Biden está marcada para 20 de janeiro.

Também não ficou claro se as secretarias teriam capacidade de remover Trump sem a confirmação do Senado.

Em último lugar, preocupações de que a derrubada de Trump o tornaria um herói para a extrema direita e tensões em sua base de governo também foram relatadas pela mídia.

Eleições contestadas

No último dia 3 de novembro, milhões de americanos depositaram seus votos nos principais candidatos à presidência do seu país: Joe Biden (democrata) e Donald Trump (republicano e atual presidente).

Desde as primeiras estimativas sobre os resultados da eleição presidencial, o presidente Trump manteve um discurso de vitória e posteriormente acusou os democratas de "roubarem a eleição".

Sendo assim, Trump tentou a recontagem dos votos em diferentes estados americanos e recorreu aos tribunais para reverter a vitória de Biden.

No último dia 6, uma multidão de extremistas de direita invadiu a sede do Legislativo dos EUA, causando depredação.

Na ação morreram pelo menos quatro pessoas.

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