Chefe da OMS diz que China não liberou entrada de especialistas no país: 'Estou muito desapontado'

© AP Photo / Matilde CampodonicoDiretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, fala durante conferência em Montevidéu
Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, fala durante conferência em Montevidéu - Sputnik Brasil
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O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse nesta terça-feira (5) que está "muito decepcionado" com o fato de a China ainda não ter autorizado a entrada de uma equipe de especialistas internacionais para examinar as origens do novo coronavírus no país.

Segundo Adhanom, uma equipe de dez profissionais deveria partir no início de janeiro para a China como parte de uma missão para investigar os primeiros casos de COVID-19, relatados inicialmente há mais de um ano, em Wuhan.

"Hoje soubemos que as autoridades chinesas ainda não finalizaram as permissões necessárias para a chegada da equipe à China", disse o diretor-geral da OMS, em entrevista coletiva on-line transmitida de Genebra, na Suíça.

Dois membros desta missão da OMS já partiram para a China. De acordo com a Reuters, Peter Ben Embarek, o maior especialista da OMS em doenças infecciosas com origem em animais, é quem deve liderar a equipe de profissionais. Embarek foi à China em uma missão preliminar em julho de 2020.

"Estou muito desapontado com as notícias. [...] Estive em contato com altos funcionários chineses e mais uma vez deixei claro que a missão é uma prioridade para a OMS. Confiamos e esperamos que seja apenas uma questão logística e burocrática que pode ser resolvida muito rapidamente", disse Adhanom.
© AP Photo / Xiong QiAgentes de saúde atendem um paciente no Hospital Zhongnan da Universidade de Wuhan, Hubei, China (foto de arquivo)
Chefe da OMS diz que China não liberou entrada de especialistas no país: 'Estou muito desapontado' - Sputnik Brasil
Agentes de saúde atendem um paciente no Hospital Zhongnan da Universidade de Wuhan, Hubei, China (foto de arquivo)

Pequim vem tentando rebater as afirmações de que o novo coronavírus surgiu na China. O ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, declarou recentemente que "mais e mais estudos" mostram que a COVID-19 surgiu em surtos separados ao redor do mundo.

Shi Zhengli, vice-diretora do Instituto de Virologia de Wuhan (IVW), afirmou que o laboratório em Wuhan não tem "nada a esconder" e convidou a OMS a inspecionar as instalações do local.

Outros países, no entanto, pressionam a China. Nesta segunda-feira (4), os Estados Unidos disseram ter um "conjunto crescente de evidências" que mostram que a COVID-19 teve origem no laboratório de Wuhan.

Em maio, quando a COVID-19 já tinha infectado a maior parte dos países do mundo, serviços de inteligência de potências ocidentais, como EUA, Canadá e Reino Unido, criaram um dossiê acusando a China de conhecer o vírus antes de reconhecer sua existência para o mundo.

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