No domingo (3), durante a manifestação de milhares de apoiadores das Forças de Mobilização Popular do Iraque no centro de Bagdá, o chefe da Organização Badr apoiada pelo Irã, Hadi Al-Amiri, disse aos manifestantes que o governo deve cumprir sua promessa de remover todas as forças estrangeiras, especialmente as dos Estados Unidos, de acordo com cronograma, segundo informou a agência Xinhua.
"A estabilidade da região depende da estabilidade do Iraque e o último só pode estar estabilizado com a saída de todas as forças estrangeiras de suas terras", disse Hadi Al-Amiri durante o protesto.
Falih al-Fayyadh, chefe das Forças de Mobilização Popular, afirmou que a retaliação pela morte dos dois líderes xiitas será feita através da "aplicação da decisão do Conselho de Representantes do Iraque de retirada das forças dos EUA".
A plena soberania do Iraque e a retirada dos militares norte-americanos é "um assunto que não pode ser comprometido", afirmou Al-Fayyadh durante a manifestação, enquanto manifestantes gritavam "vingança" e "não à América".
A multidão também levantou bandeiras iraquianas e cartazes com fotos de Soleimani e Al-Muhandis, dizendo: "a vontade dos povos livres é mais forte do que a agressão dos EUA".
Os protestos foram realizados sob medidas de segurança rigorosas, semelhante as medidas implantadas em toda a capital nos últimos dias, bloqueando diversas estradas principais da cidade.
O ataque dos drones americanos em 3 de janeiro de 2020 causou uma escalada nas tensões entre o Irã e os Estados Unidos na região.
O ataque aéreo levou o parlamento iraquiano a aprovar uma resolução pedindo ao governo para acabar com a presença das forças estrangeiras no país.