Ex-chefes do Mossad: Irã vai esperar até Biden ser presidente para vingar assassinato de Soleimani

© REUTERS / Thaier Al-SudaniPessoa se ajoelha diante de fotos do major-general iraniano Qassem Soleimani e do líder da milícia xiita iraquiana Abu Mahdi al-Muhandis, mortos em ataque dos EUA há exatamente um ano
Pessoa se ajoelha diante de fotos do major-general iraniano Qassem Soleimani e do líder da milícia xiita iraquiana Abu Mahdi al-Muhandis, mortos em ataque dos EUA há exatamente um ano - Sputnik Brasil
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O assassinato do líder da Força Quds do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês), o major-general Qassem Soleimani, por um drone dos EUA, deu base para especulações de militares israelenses sobre "vingança" de Teerã.

Dois ex-chefes do Mossad (serviço secreto israelense) e um ex-chefe do Conselho de Segurança Nacional de Israel afirmaram que o Irã falhou na tentativa de vingança da morte de Soleimani, sendo improvável que iranianos façam qualquer coisa até a tomada de posse do presidente eleito norte-americano Joe Biden, segundo o jornal The Jerusalem Post.

Shabtai Shavit, ex-diretor do Mossad, apontou que o assassinato do principal cientista nuclear iraniano, Mohsen Fakhrizadeh, foi "um golpe duplo contra a atividade militar do Irã no Oriente Médio", e que o atual líder da Força Quds não é do mesmo nível do seu predecessor, Qassem Soleimani.

Porém, Shavit diz que "a paciência dos iranianos não tem fim", e por isso "devemos levar em consideração que eles [iranianos] vão responder. Eles vão esperar uma oportunidade de atacar um alvo de alta qualidade".

Por outro lado, Danny Yatom, também ex-diretor do Mossad, sugeriu que a Força Quds ainda não se recuperou da morte de Soleimani, sendo improvável que algum dia se recupere.

© REUTERS / Khaled AbdullahMultidão se reúne para lembrar a morte do major-general iraniano Qassem Soleimani e do líder da milícia xiita iraquiana Abu Mahdi al-Muhandis em Sanaa, Iêmen
Ex-chefes do Mossad: Irã vai esperar até Biden ser presidente para vingar assassinato de Soleimani - Sputnik Brasil
Multidão se reúne para lembrar a morte do major-general iraniano Qassem Soleimani e do líder da milícia xiita iraquiana Abu Mahdi al-Muhandis em Sanaa, Iêmen

Já o major-general Giora Eiland, ex-chefe do Conselho de Segurança Nacional de Israel, assumiu que qualquer ação vinda de Teerã apenas poderia acontecer depois da tomada de posse do presidente eleito norte-americano, Joe Biden.

"Eles [iranianos] não vão se esquecer de retaliar. Talvez [...] não será enquanto eles [iranianos] estiverem em negociações com os americanos […]. [Os iranianos] seriam loucos de conduzir um ataque [durante as negociações] apenas por terem uma chance. Mas eles [os iranianos] são um povo muito astuto, não podemos subestimá-los", avisou Eiland.

No entanto, o porta-voz do IRGC, general Ramezan Sharif, afirmou que será o Irã a determinar o tempo e lugar da vingança do assassinato de Soleimani. Um dia antes do aniversário do trágico acontecimento para a nação persa, o chanceler iraniano, Javad Zarif, prometeu que Teerã "não vai descansar" até levar os responsáveis pela morte do seu general à Justiça.

© REUTERS / Thaier Al-SudaniIraquianos levantam bandeiras do Irã e pôsteres do major-general iraniano Qassem Soleimani e do líder da milícia xiita iraquiana Abu Mahdi al-Muhandis
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Iraquianos levantam bandeiras do Irã e pôsteres do major-general iraniano Qassem Soleimani e do líder da milícia xiita iraquiana Abu Mahdi al-Muhandis

Em 3 de janeiro de 2020, o major-general Qassem Soleimani foi assassinado em um ataque com uso de drone norte-americano, aprovado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, enquanto o major-general iraniano estava dentro de um carro perto do Aeroporto Internacional de Bagdá.

Em resposta, Teerã lançou ataques com mísseis contra duas bases militares usadas por soldados dos EUA no Iraque – a base Ain Al-Asad e a base aérea Arbil, ataques que ocasionaram traumatismos cranianos em cerca de 100 soldados americanos.

Na semana passada, o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas iranianas, o general Mohammad Baqeri, reiterou que não havia "prazo de validade" para vingar o assassinato de Soleimani, dizendo que a retirada dos EUA do Oriente Médio seria inevitável.

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