China rejeita proposta de diálogo de Taiwan, acusando Taipé de 'truques baratos'

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Pequim vê Taiwan como uma parte essencial do território chinês que, por sua vez, acabará sendo reunificada. Já Taipé não pensa a mesma coisa.

A China rejeitou a mais recente proposta de conversações de Taiwan, acusando Taipé de procurar confrontos em meio a tentativas de alcançar independência.

Em comunicado divulgado na sexta-feira (1º), o Escritório de Assuntos sobre Taiwan da China escreveu que, desde 2016, o Partido Democrático Progressista (PDP) taiwanês "tem continuado com provocações na busca por independência, confrontando o [território chinês] continental em todas as oportunidades, e deliberadamente criando tensões ao longo do estreito de Taiwan" [...] Eles [taiwaneses] vêm novamente falar sobre um 'diálogo', mas de onde pode vir isso? Pedimos às autoridades do PDP que parem com esses truques baratos que enganam as pessoas", acrescentou o escritório chinês, citado pelo South China Morning Post.

Estas afirmações surgem após a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, ter sublinhado que Taipé se encontra pronta para conduzir conversações "significativas" com Pequim, desde que as autoridades chinesas indiquem vontade de deixar os confrontos de lado.

Em maio de 2020, Tsai afirmou que Taiwan quer dialogar com a China, mas não pode aceitar a proposta chinesa de "um país, dois sistemas".

Tensões China-Taiwan

As últimas observações de Tsai foram feitas em meio a tensões bilaterais desencadeadas pela China, que tem aumentado suas atividades militares perto da ilha, incluindo sobrevoos de aviões militares chineses através da linha mediana do estreito de Taiwan.

Separadamente, a China conduziu exercícios militares nos arredores, dando como justificativa a proteção da integridade territorial chinesa após a visita a Taiwan do subsecretário de Estado para o Crescimento Econômico, Energia e Meio Ambiente dos Estados Unidos, Keith Krach, em 17 de setembro.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores da China, a visita violou o princípio de Uma Só China, bem como os três comunicados conjuntos entre China e EUA sobre o desenvolvimento de diálogo bilateral.

Por sua vez, o porta-voz do Ministério da Defesa chinês, Ren Guoqiang, acusou os EUA e Taiwan de "intensificarem as tensões e frequentemente causarem distúrbios", embora não tenha feito nenhuma referência à visita de Krach.

Oficialmente, os EUA seguem a política de Uma Só China, que não reconhece Taiwan como uma entidade independente, mas Washington tem desenvolvido relações comerciais com a ilha e, de igual modo, vende armas para a mesma.

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