Líder do Hezbollah acusa Israel e Arábia Saudita de 'incitarem' EUA a matar Soleimani

© AP Photo / Hussein MallaO líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, faz um discurso ao vivo durante comemorações do 40º aniversário da Revolução Islâmica do Irã, ao sul de Beirute, no Líbano.
O líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, faz um discurso ao vivo durante comemorações do 40º aniversário da Revolução Islâmica do Irã, ao sul de Beirute, no Líbano. - Sputnik Brasil
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Líder do movimento libanês Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, afirmou que "o assassinato criminoso" do maior-general iraniano Qassem Soleimani em janeiro deste ano "não foi só um crime norte-americano".

"Eu acredito que Israel e Arábia Saudita foram também responsáveis por este crime, mesmo que o papel deles tenha sido apenas incitar Washington a cometê-lo", disse Nasrallah ao canal de televisão Al-Mayadeen neste domingo (27). Israel e Arábia Saudita ainda não comentaram as acusações do líder do Hezbollah.

A declaração foi expressa após a agência de notícias Tasnim ter reportado que novos nomes foram adicionados à lista de norte-americanos alegadamente envolvidos no assassino de Qassem Soleimani.

A agência de notícias citou um porta-voz do Comitê Popular para a Celebração do Aniversário do Martírio do general Soleimani, que anunciou o aumento de pessoas na lista de 45 para 48, com seis países tendo recebido mandados de prisão para supostos culpados.

Entretanto, o ex-primeiro-ministro iraquiano Nouri al-Maliki sugeriu em entrevista ao canal Al-Alam no domingo (27) que os EUA assassinaram Soleimani porque o chefe da Força Quds do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) destruiu os planos dos EUA "de mudar a identidade da região", algo que "preocupava muito os americanos".

Al-Maliki também comparou as ações dos EUA às de gângsteres, em vez das de um país que canta "slogans de liberdade e democracia".

A entrevista veio à tona dias depois do brigadeiro-general do IRGC Mohammad Hejazi ter contado a jornalistas que "severa vingança" do assassinato de Soleimani permanece sendo prioridade de Teerã, notando que ataques retaliatórios de mísseis contra bases militares usadas pelos EUA no Iraque em janeiro foram "apenas tapas".

© Essam al-SudaniMarcha fúnebre do comandante Abu Mahdi al-Muhandis, morto em ataque aéreo dos EUA junto com major-general Qassem Soleimani, 7 de janeiro de 2020
Líder do Hezbollah acusa Israel e Arábia Saudita de 'incitarem' EUA a matar Soleimani - Sputnik Brasil
Marcha fúnebre do comandante Abu Mahdi al-Muhandis, morto em ataque aéreo dos EUA junto com major-general Qassem Soleimani, 7 de janeiro de 2020

Em 3 de janeiro de 2020, o major-general Qassem Soleimani e o comandante sênior da milícia iraquiana Abu Mahdi al-Muhandis foram assassinados em ataque aéreo norte-americano lançado no Iraque contra carro deles nos arredores do Aeroporto Internacional de Bagdá. O ataque aéreo foi autorizado pelo presidente Donald Trump.

Em 8 de janeiro, o Irã retaliou com ataque aéreo a duas bases militares no Iraque com tropas americanas, anunciando que este não seria o último ato de vingança a menos que os EUA não retirassem suas forças do Oriente Médio.

Comandante da Força Quds do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica, Soleimani era conhecido pelo envolvimento em várias operações antiterroristas na região. A morte de Soleimani marcou ponto alto de agravamento das relações entre o Irã e os EUA, que começou após a saída de Washington do acordo nuclear em 2018 e a imposição de sanções econômicas contra a República Islâmica.

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